Memórias do Ultramar: os escritos sobre a “Guiné de Cabo-Verde” e a influência dos processos de crioulização. (séc. XVI e XVII)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Beatriz Carvalho dos lattes
Orientador(a): Almeida, Carla Maria Carvalho de lattes
Banca de defesa: Ferreira, Roberto Guedes lattes, Ferreira, Roquinaldo lattes, Santos, Vanicléia lattes, Carrara, Angelo lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5900
Resumo: A primeira experiência portuguesa na África abaixo do Saara, ainda em meados do século XV, foi marcada pela presença em duas regiões que vieram a formar um espaço integrado; neste trabalho chamada de “Guiné do Cabo Verde”. Esse espaço compreendia tanto as ilhas de Cabo Verde quanto também a costa da Guiné, entre o rio Senegal e a Serra Leoa, na altura de Cape Mount. Os acontecimentos em ambas as regiões estiveram estritamente conectados, uma vez que nas ilhas o povoamento por portugueses em momento algum se descolou das dinâmicas da Costa. O comércio interligado, a presença de escravos e mulheres que vieram a formar a miscigenada sociedade das ilhas foram alguns desses fatores de coesão. Para além disso, muito do observado na formação social insular, devia-se tanto à realidade africana, quanto ao seu passado histórico, marcado por uma crioulização primária. Nesse contexto, indivíduos como André Álvares de Almada, André Donelha e Francisco de Lemos Coelho foram expoentes de um fenômeno social observado tanto na elite das ilhas, como, posteriormente, em outras sociedades Atlânticas. É sobre suas vidas, contexto, trajetórias e obras que esse trabalho se dedica, pensando a formação de suas identidades e reflexos em seus memoriais, produzidos após décadas como comerciantes no espaço cabo-verdiano-guineense.