Exportação concluída — 

Orlando, de Virginia Woolf: desconstruindo as fronteiras de gênero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fajardo, Sônia Maria Costa lattes
Orientador(a): Almeida, Márcia de lattes
Banca de defesa: Nogueira, Nícea Helena de Almeida lattes, Silva, Maria Andréia de Paula lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4221
Resumo: Esta dissertação de mestrado busca refletir sobre a importância da interface entre os Estudos Literários e os Estudos de Gênero, a partir da análise de Orlando, uma biografia, de Virginia Woolf, cujo personagem principal, Orlando, desafia as fronteiras entre o masculino e o feminino, ao passar por uma transformação sexual, de forma natural. O enredo dessa biografia ficcional permite traçar pontos de interseção entre as considerações sobre androginia, não-linearidade, flexibilidade e mutabilidade dos sexos promovidas por Woolf. Para a análise da proposta inusitada de Woolf, que constrói a metamorfose de Orlando, foram utilizados os estudos de Um teto todo seu (2014), de Virginia Woolf, e A crítica feminista no território selvagem, de Elaine Showalter (1994). Para a realização da congruência de Orlando, uma biografia, com os Estudos de Gênero, tornou-se essencial a compreensão dos conceitos elaborados por Simone de Beauvoir, em O segundo sexo, v. 2: a experiência vivida, (1967); Joan Scott, em Gênero: uma categoria útil de análise histórica (1995) e Judith Butler, em Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade (2003). A flexibilidade e as variações de gênero suscitadas por Woolf contrapõem-se aos rígidos conceitos construídos para o masculino e para o feminino, assim como a característica inalterável da sexualidade. Em 1928, com Orlando, uma biografia, Virginia Woolf antecipou a questão de gênero, tão atual e pertinente na busca do respeito às liberdades e na extinção dos formatos preestabelecidos que insistem em determinar o comportamento mais intrínseco dos indivíduos.