Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Raiza Guimarães
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Orientador(a): |
Torres, Clarice Cassab
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Banca de defesa: |
Batella, Wagner Barbosa
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Cota, Daniela Abritta
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11742
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Resumo: |
A produção do espaço urbano envolve uma multiplicidade de sujeitos que, através de seus interesses, conflitos e sobreposições, provocam constantes reconfigurações espaciais. A partir da segunda metade do século XX, constata-se a reprodução de uma configuração espacial peculiar, sobre a qual este estudo se dedica: as áreas livres de uso coletivo incorporadas a empreendimentos privados. Essas áreas são inseridas no tecido urbano na forma de pequenas praças, abertas ao público, integradas a edificações verticalizadas. Para o estudo desse fenômeno, a pesquisa estruturou-se do geral para o particular, compreendendo que existem similaridades e especificidades que envolvem a criação desses espaços. No cenário internacional, sua materialidade está vinculada principalmente à ação do Estado e do setor imobiliário, através de parcerias público-privadas no contexto capitalista neoliberal, com o Estado realizando a implantação de instrumentos legislativos que estimulam a criação de espaços abertos ao público, através da oferta de contrapartidas oferecidas a empreendimentos que os incorporassem. Tal estratégia também foi adotada de modo semelhante no quadro brasileiro, através de revisões legislativas em metrópoles como São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte. Entretanto, as áreas livres de uso coletivo, incorporadas a empreendimentos privados, também vêm se reproduzindo em cidades médias, não em decorrência de parcerias públicoprivadas, mas no bojo de novos empreendimentos imobiliários com influências externas e a associação a atividades comerciais. Com a finalidade de extrapolar o escopo teórico do assunto, a pesquisa contempla, igualmente, um estudo de caso realizado na área de livre acesso incorporada ao edifício Le Quartier Granbery, na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, para exemplificar essas áreas, analisando não só seus sujeitos produtores, mas os sujeitos sociais que se utilizam desses espaços. O estudo traz à discussão um fenômeno contemporâneo, apresentando reflexões a respeito de novas organizações espaciais do espaço construído que podem alcançar uma dimensão urbana, refletindo uma potencialidade do uso comum em solo privado e uma possibilidade para as pessoas de exercerem parte do direito à cidade. |