Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Jomara Mendes
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Orientador(a): |
Reis, Ivoni de Freitas
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Banca de defesa: |
Santos, Marcelo Giordan
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Souza, Vivícius Catão de Assis
,
Takahira, Aline Garcia Rodero
,
Afonso, Andreia Francisco
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Química
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Departamento: |
ICE – Instituto de Ciências Exatas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12147
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Resumo: |
A semiótica se mostra uma importante ciência ao se aliar ao processo de construção do conhecimento químico e se dedica à compreensão dos signos. Tratando-se especialmente do campo da educação de surdos, apenas recentemente surgem pesquisas que se destinam a investigar o processo de ensino e aprendizagem das Ciências da Natureza para esses discentes e constata-se que, principalmente no que tange ao Ensino de Química, esse quadro é ainda mais reduzido. Considerando que no ato de ver e entender o mundo uma semiose é estabelecida e que a alteridade surda precisa ser respeitada e atendida em sua essência visual, a presente pesquisa visou compreender como diferentes modos semióticos facilitam o acesso do estudante surdo aos saberes químicos. Para tanto, adotando a estratégia do Estudo de Caso, investigou-se quais práticas são empregadas por docentes que lecionam Química para alunos surdos em três instituições de ensino diferentes, sendo possível realizar, a partir dos dados obtidos de uma das escolas, uma análise multimodal de um episódio de ensino a partir do qual constatou-se a peremptória interdependência dos modos na produção de sentidos. Tendo em vista a escassez de sinais-termos que correspondam a terminologias químicas, a pesquisa se dedicou também em contribuir com a área e, junto a surdos, foi desenvolvido um sinalário com propostas de sinais-termos aspirando facilitar o trabalho docente e de intérpretes educacionais em suas práticas. O presente estudo ainda versa acerca da elaboração de uma sequência didática multimodal para o ensino de energia - e algumas de suas diferentes manifestações - e sua aplicação em uma turma do segundo ano do Ensino Médio com dois alunos surdos incluídos. Essa etapa permitiu analisar as contribuições e limitações da sequência didática no contexto trabalhado e a apropriação, pelos surdos, de alguns dos sinais-termos relacionados ao tema. Considera-se que ainda se faz necessário um trabalho de conscientização e preparo mais consistente nas escolas, com professores e intérpretes que estão envolvidos no processo educacional do surdo. Destaca-se, ademais, que o uso de diferentes recursos visuais, a essencial articulação entre diferentes modos semióticos, o emprego de sinais-termos e a valorização de momentos dialógicos se revelaram essenciais na construção de sentidos no contexto do Ensino de Química para surdos. Assim, no afã de que esses discentes possam participar ativamente da construção do conhecimento, revela-se desiderato conjugar boa comunicação a aulas que privilegiem multimodos e recursos visuais. |