Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ritti, Rosalinda Carneiro de Oliveira
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Orientador(a): |
Ferrari, Anderson
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Banca de defesa: |
Garcia, Pedro Benjamim Carvalho Silva
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Souza, Marcos Lopes de
,
Rotondo, Margareth Aparecida Sacramento
,
Castro, Roney Polato de
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/180
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Resumo: |
Somos todas mulheres e mães. Em nossos encontros, conversamos, rimos, nos emocionamos, nos divertimos, discutimos coisas sérias, passeamos, cozinhamos... convivemos! Elas me falaram de suas vidas, contaram suas histórias. Às vezes, eu falei de mim, contando, também, um pouco do que tenho como história. Convivendo, observamos umas às outras. Fomos nos conhecendo... e nos transformando. Então, construímos algo juntas a partir de nossas experiências, alguma coisa que escrevo e que chamo de tese e para a qual contei com outras pessoas que me ajudaram a produzir um pensamento do que experienciei nesta pesquisa. Foucault, Guacira, Joan Scott, Judith Butler, Margareth Rago, Tomaz Tadeu, Veiga-Neto, Stuart Hall, Silvio Gallo, Dagmar Meyer, Jorge Larrosa… São muitas as pessoas que me inspiraram – e ainda inspiram. Autoras e autores do Pós-estruturalismo, dos Estudos de Gênero e dos Estudos Culturais, sem, contudo, desprezar outras linhas de pensamento que também me ajudaram e ajudam. Meu campo foi um bairro na periferia de Juiz de Fora. Minha atenção voltou-se para discursos e representações produtores de sentidos e significados que forjam identidades e constituem as subjetividades das mulheres mães que vivem ali. Nesse processo, busquei responder à questão: “Como vão se constituindo as subjetividades de mulheres mães na periferia?”. Acredito que a educação não se faça só nos bancos da escola. Ela se dá em todos os lugares, está na cultura que forma os homens e as mulheres no mundo. Acredito também na importância de procurar diversas instâncias culturais para podermos pensar a Educação, problematizar a ordem posta, compor novas formas de viver. É com esse olhar, junto a todas essas pessoas e por esses caminhos, que segui pesquisando, sem planos fechados, buscando mudar, em primeiro lugar, a mim mesma. As produções foram se dando e, neste texto, as entrego entendendo-as como inconclusas pela falta de possibilidades de haver qualquer conclusão. Aqui, trago histórias de mulheres que lutam por suas construções a cada dia, em meio a um contexto que ainda impõe regras árduas para as relações. Regras que se mostram herdeiras de uma estrutura de poder em que os homens são privilegiados em relação às mulheres, produzindo desigualdades que se potencializam quando atravessadas por questões de raça e classe social. A pesquisa deu visibilidade a subjetividades que se constituem de maneiras distintas, rompendo, resistindo e também aderindo a discursos e representações que já vêm sendo problematizados por movimentos diversos que tentam desconstruí-los. Contudo, diante de paradoxos e muitas lutas, produz-se um estilo de vida em que as mulheres se destacam como aquelas que se ajudam e “tocam” o bairro em que vivem. Não trouxe desta pesquisa a consolidação de um tipo de feminilidade ou maternidade único e hermético. Ao contrário, o que se apresentou aponta para multiplicidades. A periferia é lugar de muitas formas de vida. Vidas que se criam todos os dias. |