Avaliação da qualidade de vida e os espaços livres públicos de Juiz de Fora, MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Beraldo, Eduarda Botti lattes
Orientador(a): Alberto, Klaus Chaves lattes
Banca de defesa: Braida , Frederico lattes, Elali, Gleice Virginia Medeiros de Azambuja lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00180
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13438
Resumo: Os Espaços Livres Públicos (ELPs) são lugares que apresentam estrutura física para diversos tipos de atividades, influenciando, quando em boas condições, a saúde física e psicológica da população, atendendo as necessidades de recreação e configurando-se como um ambiente urbano de boa qualidade. Alguns estudos têm demonstrado que morar próximo aos ELPs pode proporcionar impactos positivos na qualidade de vida e muitos estudos mostram essa correlação com a saúde das pessoas. Contudo, frequentemente, esses estudos são realizados em parques e espaços de maior porte e, portanto, são ainda poucos os estudos que apontam os impactos de pequenos ELPs, como as praças urbanas na qualidade de vida e no bem-estar de moradores mais ou menos próximos a elas. Assim, o objetivo principal deste estudo é determinar em que medida morar próximo às praças urbanas influencia na qualidade de vida da população. Para isso, o Protocolo WHOQOL-BREF, desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que trata da percepção individual em relação à qualidade de vida, foi aplicado antes da pandemia a residentes próximos a duas praças de Juiz de Fora – MG (em raios de 250, 500 e 1000m a partir das praças), totalizando 90 pessoas por praça. Posteriormente, durante a pandemia, o questionário foi reaplicado, em dois raios: 500 e 1000m (Procedimento 1) totalizando 60 pessoas por praça. Complementarmente, o questionário foi aplicado para a população da cidade, independente da praça, em que os participantes indicavam a distância média da sua residência até a praça mais próxima (Procedimento 2). Os dados foram tratados estatisticamente indicando as correlações entre as características das amostras e as percepções sobre a qualidade de vida, a frequência de visita dos usuários aos ELPs e sua importância na qualidade de vida e na saúde, a proximidade de moradia da praça e os impactos na saúde e nas doenças crônicas indicadas pelos participantes. Além disso, os resultados das duas praças antes e durante a pandemia foram comparados, traçando um panorama sobre a qualidade de vida nos dois casos. O procedimento 2 indicou que não há diferença significativa na qualidade de vida dos entrevistados em relação à distância de moradia do ELP. Contudo, alguns aspectos, como a frequência de utilização das praças, influenciaram positivamente na qualidade de vida dos moradores. Esta pesquisa apresenta resultados relevantes para o planejamento urbano que indicam uma possível relação da praça na qualidade de vida das pessoas uma vez que os residentes mais próximos obtiveram pontuações médias superiores aos demais em relação às oportunidades de lazer, saúde do ambiente em que vivem e sensação de segurança.