Traços de personalidade e qualidade de vida em pacientes com obesidade grau III

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Andressa Fernanda Battigaglia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-04082021-133634/
Resumo: A obesidade grau III é definida pelo IMC&ge;40kg/m² que pode vir a causar danos à saúde física e mental do sujeito, afetando diretamente sua percepção de qualidade de vida; enquanto os traços de personalidade são as maneiras características de pensar, sentir e se comportar que contribuem para resultados em saúde. Nosso objetivo foi descrever e comparar os traços de personalidade e percepção de qualidade de vida em pacientes com obesidade grau III que estavam em tratamento clínico e um grupo controle sem obesidade. Neste estudo transversal, a qualidade de vida e a personalidade foram descritas a partir de uma amostra de 29 pacientes com obesidade e 25 sujeitos sem obesidade (N=54), sendo a qualidade de vida mensurada através do Instrumento WHOQOL-100, e a personalidade do Inventário NEO-PI-R. Para todos os domínios e facetas da Qualidade de Vida, observou-se um significativo efeito dos grupos (p<0.05), com tamanhos de efeitos 0,5; 0,8 e 1,2 de d de Cohen. Evidências de diferenças nos traços de personalidade foram encontradas nos fatores Abertura e Conscienciosidade e nas facetas O5; C2; C5; E6; N6 com tamanhos de efeitos moderados 0,6, e nas facetas O3; N5 com efeitos grandes 0,8 e 1,1 de Cohen. Conclui-se que no grupo com obesidade há piores percepções da qualidade de vida, e os traços de personalidade indicaram maior possibilidade de serem menos meticulosos e exigentes com relação à suas obrigações, menos obstinados a atingir metas, e terem preferências por atividades rotineiras e conhecidas, e menor capacidade de lidar com frustações e conter impulsos. Observações nas diferenças das percepções da Qualidade de Vida e nos Traços de Personalidade podem auxiliar os profissionais da saúde a delinearem intervenções eficazes no tratamento para a obesidade.