Potencial antienvelhecimento cutâneo da espécie Cecropia pachystachya Trécul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fernandes, Maria Fernanda lattes
Orientador(a): Fontes, Elita Scio lattes
Banca de defesa: Aguiar, Jair Adriano Kopke de lattes, Pinto, Nicolas de Castro Campos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Departamento: Faculdade de Farmácia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8297
Resumo: A espécie Cecropia pachystachya pertence ao gênero Cecropia Loefl. e possui ampla distribuição no território brasileiro, estendendo-se do sul ao norte do país. As principais sinonímias para a espécie são: Cecropia carbonaria Mart., Cecropia catarinensis Cuatrec., Cecropia cyrtostachya Miq. e Cecropia lyratiloba Miq. O envelhecimento cutâneo é um processo que pode ser classificado em intrínseco (natural) ou extrínseco (acelerado pelos fatores externos). A radiação ultravioleta é um dos principais agentes do envelhecimento extrínseco, uma vez que é inevitável a exposição à mesma. Os danos provocados pela radiação estão relacionados com excesso de radicais livres gerados, provocando alterações no DNA e no metabolismo dérmico e imunológico, culminando no fotoenvelhecimento. Outro fator que pode acelerar o envelhecimento cutâneo é a glicação de proteínas envolvidas no metabolismo dérmico, como por exemplo, o colágeno. A busca por produtos capazes de retardar ou tratar o envelhecimento cutâneo é crescente, uma vez que a expectativa de vida e a preocupação com a aparência é cada vez maior. A fim de restabelecer a pele, empregam-se produtos direcionados ao tratamento dos danos provocados pelo sol. Geralmente esses possuem significativa atividade antioxidante. Alguns constituintes já identificados nas folhas, sobretudo flavonoides, por ser uma classe de compostos reconhecidamente antioxidantes poderia auxiliar no tratamento do envelhecimento cutâneo. Dessa maneira foi realizada a dosagem de fenóis e flavonoides no extrato hidroetanólico e etanólico da Cecropia pachystachya (EH e EE). Ambos possuem teores elevados de fenóis, porém o EH possui cerca de quatro vezes mais flavonoides que o EE. O potencial antioxidante foi avaliado por meio de diferentes metodologias: método de formação do complexo de fosfomolibdênio, sequestro do radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazil, substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e descoramento pelo sistema β-caroteno/ácido linoleico. EE e EH exibiram atividade antioxidante semelhantes em todas as metodologias, entretanto o EH mostrou-se mais ativo na técnia do descoramento pelo sistema β-caroteno/ácido linoleico em relação ao EE. A ação dos extratos foi avaliada frente a outros fatores envolvidos no envelhecimento. A capacidade antiglicante e o potencial proliferativo em cultura celular de fibroblastos foram avaliados. Ambos os extratos foram capazes de estimular a proliferação de fibroblastos. Já em relação à atividade antiglicante, o EH apresentou melhor atividade. Foi capaz de inibir cerca de duas vezes mais o processo de glicação, quando comparado à substância de referência (aminoguanidina). O potencial inibitório em relação a importantes enzimas do metabolismo dérmico (elastase e metaloprotease 2) também foi avaliado. Frente a notável atividade antiglicante, antioxidante e proliferativa sobre fibroblastos do EH, o mesmo foi selecionado para os testes enzimáticos. O EH foi capaz de inibir a elastase e a metaloprotease 2, mesmo em conentrações baixas. Sendo assim, poderia ser empregado na formulação de dermocosméticos, uma vez que atua em vários pontos do processo de encelhecimento cutâneo.