Papel da enzima conversora de angiotensina (ECA) e da elastase-2, vias formadoras de angiotensina II, no controle hemodinâmico e autonômico no envelhecimento em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Thaís Caroline Prates
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-08052019-145620/
Resumo: O sistema renina angiotensina (SRA) é descrito como uma complexa cascata hormonal que participa de inúmeros processos fisiológicos. Além da enzima conversora de angiotensina (ECA), outras vias independentes da ECA têm sido descritas como geradoras alternativas de angiotensina II (ANG II), por exemplo, a elastase-2 (ELA-2). A deleção do gene que expressa a ELA-2 é capaz de influenciar o balanço simpatovagal. Sabe-se que existe estreita relação entre a atividade do SRA e a expectativa de vida. Tendo em vista a participação da ELA-2 no perfil autonômico e hemodinâmico de camundongos, e as alterações do sistema cardiovascular na senescência, seria interessante a avaliação do perfil cardiovascular de camundongos idosos nocautes para ELA-2 (ELA-2 KO). O aumento da atividade parassimpática, característica dos camundongos ELA-2 KO, poderia ser um fator protetivo em relação às alterações deletérias características do envelhecimento. O objetivo do presente estudo foi investigar o papel da ELA-2, com relação ao fenótipo cardiovascular e autonômico, no envelhecimento, e avaliar a participação da ECA, também no envelhecimento, nos camundongos ELA-2 KO. Foram estudados camundongos ELA-2 KO machos, jovens (3-4 meses) tratados com salina, e idosos (10-12 meses), tratados com salina ou enalapril. O tratamento teve duração de 10 dias, e foi realizado por meio de gavagem. No quinto dia de tratamento, os camundongos foram submetidos à cirurgia para canulação da artéria femoral e veia jugular. A seguir, cinco dias após a cirurgia procedeu-se o registro hemodinâmico dos animais acordados. A variabilidade da pressão arterial sistólica (PAS) e intervalo de pulso (IP) foi avaliada no domínio do tempo, e da frequência, enquanto a sensibilidade do barorreflexo espontâneo foi avaliada por meio do método de sequência. Não foram observadas diferenças no fenótipo hemodinâmico e autonômico de camundongos ELA-2 KO jovens e idosos; exceto a redução da eficácia barorreflexa no grupo idoso. O tratamento com enalapril reduziu a pressão arterial média (PAM), e promoveu taquicardia, em camundongos ELA-2 KO idosos, quando comparados com os tratados com salina. Entre os grupos idosos não foram observadas diferenças entre os parâmetros referentes à variabilidade da FC. O tratamento com enalapril não promoveu alterações nos índices de sensibilidade barorreflexa. Portanto, sugere-se que a ELA-2 possa contribuir para os efeitos deletérios relacionados à atividade do SRA no envelhecimento. Embora a inibição da ECA tenha alterado os parâmetros hemodinâmicos avaliados entre os camundongos idosos, a mesma não alterou, significativamente, a variabilidade da FC e da PAS