Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Reis, Laura Junqueira de Mello
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Orientador(a): |
Barbosa, Silvana Mota
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Banca de defesa: |
Barata, Alexandre Mansur
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Carula, Karoline
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11712
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Resumo: |
O objetivo desta dissertação é destacar a presença das mulheres no periódico oitocentista Marmota. Além disso, este trabalho pretende perceber como questões referentes ao universo feminino estavam relacionadas aos ideais de progresso e civilização que norteavam a nação na década de 1850. Para isso, os escritos das mulheres são questionados a partir de noções educacionais, matrimoniais, maternais, de feminilidade e política. A Marmota circulou na Corte no século XIX, entre os anos de 1849-1864, era composta por quatro páginas, editada duas vezes por semana e afirmava-se como uma folha voltada ao público feminino. Inicialmente, este trabalho contextualiza para as(os) leitoras(es) o que foi o jornal e como surgiu ali um espaço para a atuação das mulheres. Também são analisadas certas publicações moralizantes ao comportamento feminino, as quais tinham como objetivo principal civilizar as leitoras da Marmota. Na terceira seção, são demonstradas quais as reivindicações femininas escritas por mulheres apareciam nesse jornal e como elas se colocavam relacionadas às condições de progresso. Por fim, na quarta seção, é realizada uma série de análises do Projeto de Lei Não há de se casar, que foi debatido na Câmara dos Deputados, e resultou em uma sequência de proposições que circularam na imprensa entre 1854-1855. A partir das publicações postas na Marmota sobre o tema, são percebidas a civilidade em torno dos militares, as respectivas contestações femininas e a força social que as objeções formadas a partir da agência das mulheres alcançariam. Conclui-se que a imprensa foi fundamental ao oferecer um espaço, mesmo que mínimo, para que as mulheres do Oitocentos pudessem expor suas oposições às questões pertinentes ao período. De modo semelhante, nota-se como o bello sexo utilizou as noções de desenvolvimento da nação como estratégias, a fim de alcançar certas reivindicações. |