Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Siems, Maria Edith Romano
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Orientador(a): |
Marques, Luciana Pacheco
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Banca de defesa: |
Freitas, Maria Teresa de Assunção
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Almeida, Dulce Barros de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3479
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Resumo: |
Num contexto educacional em que os dados de avaliação dos sistemas educacionais apresentam resultados que denunciam um sistema altamente excludente, a Formação de Professores é apontada como um dos elementos fundamentais a partir do qual poderemos construir um sistema educacional inclusivo, que considere as questões das diferenças entre os alunos. Este estudo buscou compreender de que forma se deu a constituição identitária de professoras que se tornaram, para seus pares, referências de conhecimento acerca da educação de pessoas com deficiência, os chamados Professores da Educação Especial, neste momento em que as discussões se focam na Educação Inclusiva. Identificou fatores que contribuíram nas histórias de vida com que construíram sua profissionalidade docente, para que esta ótica inclusiva, comprometida com a realização de um processo educativo que considere a questão das diferenças, se estabelecesse. Considerando que o processo de constituição da profissionalidade docente inicia-se no momento em que o sujeito vivencia sua primeira experiência como aluno e alonga-se por todo o período de sua atuação docente e que esta é exercida em um contexto sócio-histórico; a concepção de que os homens são seres constituídos nas relações sociais em determinado contexto cultural em que dialeticamente se constituem ao tempo em que alteram sua realidade, assumiremos como perspectiva de reflexão teórico-metodológica, a perspectiva histórico-cultural. Embasamos nossos estudos em Bakhtin e sua Teoria Enunciativa da Linguagem e Vygotsky com a Teoria da Construção Social do Conhecimento. A partir desse referencial orientamos não só nossos procedimentos de pesquisa, como as análises de resultados encontrados, entendendo que a presença do pesquisador em campo, não só possibilita estabelecer determinada leitura da realidade, como também altera essa realidade, no momento mesmo em que cria espaços para a reflexão e evidenciação dos elementos que direcionam as práticas sociais daquele contexto. Foram participantes da pesquisa professoras da rede pública de ensino fundamental do município de Boa Vista, Estado de Roraima, que atuam na educação de pessoas com deficiência. Em nossas análises apresentamos processos de constituição identitária de um grupo de sete professoras considerando seus históricos de vida pessoal, acadêmica e profissional, destacando como a constituição de sua Identidade Profissional é afetada pela forma como o trabalho docente encontra-se organizado na atualidade. Discutimos de que forma essas professoras se relacionam com a Diferença, assumindo posturas que variam entre a perspectiva de Correção do “defeito”; da Compreensão deste como elemento a ser social e culturalmente incorporado e a da Conscientização, que toma o Múltiplo como elemento de enriquecimento da coletividade. Apontamos ainda, caminhos de reflexão acerca do lugar ocupado na atualidade pela Educação Especial, que, entendida como modalidade específica em nosso Sistema Educacional, encontra-se, ela mesma, excluída das discussões que se estabelecem no Ensino Regular. |