Comportamento hemodinâmico durante estresse mental em mulheres com hipotireoidismo subclínico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ghetti, Fabiana de Faria lattes
Orientador(a): Laterza, Mateus Camaroti lattes
Banca de defesa: Ezequiel, Danielle Guedes Andrade lattes, Werneck, Francisco Zacaron lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/455
Resumo: Pacientes com hipotireoidismo subclínico (HSC) possuem maior risco para mortalidade cardiovascular. Uma das possíveis explicações para esse desfecho seria a piora da função vascular. Porém, não são conhecidos os efeitos do HSC no comportamento hemodinâmico durante manobra fisiológica de estresse mental. O objetivo desse estudo foi investigar o comportamento hemodinâmico de mulheres com hipotireoidismo subclínico durante estresse mental. Foram avaliadas 20 mulheres com HSC (Grupo HSC) e 21 eutireoidianas (Grupo Controle), pareadas por idade (37±11 vs. 38±10 anos, p=0,699, respectivamente) e índice de massa corporal (26±5 vs. 25±5 kg/m2, p=0,462, respectivamente). O fluxo sanguíneo muscular (FSM), avaliado pela pletismografia de oclusão venosa, a frequência cardíaca (FC) e a pressão arterial (PA), medidas pelo Dixtal2023, foram registrados simultaneamente durante 3 minutos de basal, seguidos de 3 minutos de estresse mental (Stroop Color Word Test). A condutância vascular do antebraço (CVA) foi calculada pela divisão do FSM pela pressão arterial média multiplicada por 100. Foram utilizados os testes t de Student e ANOVA, adotando significativo p<0,05. O grupo HSC apresentou níveis significativamente maiores do hormônio estimulador da tireoide (7,57±3,17 vs. 2,10±0,88 mU/L, p<0,001). No basal os grupos HSC e Controle foram semelhantes para FC (67±8 vs. 67±10, p=0,126, respectivamente), pressão arterial sistólica (130±11 vs. 128±10 mmHg, p=0,851, respectivamente), pressão arterial diastólica (70±7 vs. 68±6, p=0,527, respectivamente), pressão arterial média (90±8 vs. 88±7, p=0,664, respectivamente), FSM (2,50±0,79 vs. 2,55±0,71 ml/min/100ml, p=0,905, respectivamente) e CVA (2,80±0,90 vs. 2,92±0,88 unidades, p=0,952, respectivamente). Durante todo o teste de estresse mental os grupos HSC e Controle aumentaram significativamente a FC (efeito tempo, p<0,001), a PA (efeito tempo, p<0,001), o FSM (efeito tempo, p<0,001) e CVA (efeito tempo, p<0,001) em relação ao basal. Porém, o FSM e a CVA foram significativamente menores no grupo HSC durante o primeiro (FSM: 3,66±0,96 vs. 4,66±1,61 ml/min/100ml, p=0,018, tamanho do efeito=0,78; CVA: 3,95±1,08 vs. 5,19±1,96 unidades, p=0,010, tamanho do efeito=0,81;) e segundo (FSM: 3,55±1,01 vs. 4,62±2,27 ml/min/100ml, p=0,018, tamanho do efeito=0,65; CVA: 3,75±1,07 vs. 4,92±2,37 unidades, p=0,020, tamanho do efeito=0,68) minutos do teste de estresse mental. Desta forma concluímos que mulheres com HSC possuem, durante estresse mental, FC e PA preservadas, porém FSM e CVA prejudicados.