Pereskia aculeata Miller (CACTACEAE): uma hortaliça não convencional com potencial uso medicinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Maciel, Mariana de Souza Ferreira lattes
Orientador(a): Fontes, Elita Scio lattes
Banca de defesa: Duque, Ana Paula do Nascimento lattes, Costa, Juliana de Carvalho da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Departamento: Faculdade de Farmácia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14410
Resumo: A espécie Pereskia aculeata Miller (CACTACEAE) conhecida popularmente como Orapro-nobis, é considerada uma hortaliça não convencional, apresentando alto teor de mucilagem e sendo popularmente aplicada em casos de queimadura para a cicatrização e em processos inflamatórios. Existem poucos estudos sobre sua constituição fitoquímica, esses se limitando as folhas. Estudos biológicos indicam uma promissora atividade antioxidante. O presente trabalho foi dividido em dois capítulos para melhor entendimento. No primeiro, extratos de P. aculeata foram avaliados quanto a viabilidade celular, atividade antioxidante e antiglicante, e um estudo fitoquímico foi realizado com a partição em hexano (PHEX). Dentre as metodologias executadas foi realizada cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas (CG-MS), o doseamento de fenóis e flavonoides, bem como a atividade antioxidante que foi mensurada por diferentes metodologias. O potencial antiglicante foi avaliado pelo teste de glicação com os açúcares frutose e glicose. Para mensurar a viabilidade celular foi usado o MTT. Com relação aos resultados, 12 substâncias foram identificadas em PHEX e pode-se observar a presença de fenóis e flavonoides em maior quantidade nas amostras em diclorometano (PDCM) e em acetato de etila (PAcEt). A atividade antioxidante se mostrou promissora para as amostras, porém de maneiras diferentes entre si, pois os métodos utilizados podem detectar características variáveis. Com relação a atividade antiglicante, as amostras PHEX e PAcEt se mostraram mais eficientes frente aos açúcares utilizados, quando em maiores concentrações. As amostras não se mostraram citotóxicas frente as linhagens de células L929 e HaCaT. No segundo capítulo, duas formulações contendo PHEX (INFLATIV), nas concentrações de 6% e 12%, foram submetidas ao estudo de estabilidade acelerado seguindo legislação preconizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Ambas formulações apresentaram pouca variação em relação ao pH e densidade, porém ao longo do estudo amostras apresentaram crescimento microbiano, não sendo possível dar continuidade. No entanto, na avaliação química de quantificação do fitol, presente no extrato e quantificado nas formulações, apenas INFLATIV 6%, armazenado em baixa temperatura, apresentou estabilidade no período de três meses.