Avaliação do potencial antioxidante in vitro de extratos de macroalgas de ilhas da Antártica Marítima: Arquipélago das Shetland do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Osaki, Vanessa Sayuri
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-22082024-191041/
Resumo: A Antártica possui os ecossistemas mais extremos do Hemisfério Sul e do globo, apresentando condições desafiadoras para a vida, devido às suas condições meteorológicas e oceanográficas severas. Dentro desse cenário, as macroalgas emergem como componentes essenciais da zona polar, desempenhando papéis cruciais na sustentação da dinâmica ecológica. Estes organismos, capazes de prosperar sob condições extremas, são foco de investigações científicas visando compreender suas estratégias biológicas, bioquímicas e fisiológicas de adaptação. Em particular, os seus compostos e mecanismos antioxidantes integram a sua química defensiva contra o estresse oxidativo. Assim, esta pesquisa tem como objetivos contribuir para a pesquisa científica polar e mundial mediante uma revisão cienciométrica sobre o potencial antioxidante das macroalgas da Antártica e do Ártico, caracterizar quantitativamente a capacidade antioxidantes de extratos de macroalgas de ilhas da Antártica Marítima e prover dados sobre a capacidade antioxidante em um estudo inédito de variação espacial e dados abióticos. Na análise de revisão integrativa (Capítulo I), identificamos uma lacuna significativa nos estudos sobre o potencial antioxidante em macroalgas polares, com leve inclinação para um maior esforço de pesquisa para a região Antártica, em detrimento do Ártico, e sendo as algas pardas o principal foco destes estudos. Nossos estudos bioquímicos (Capítulo II) mostram diferenças significativas no potencial antioxidante de diversos extratos algáceos, reforçando a aplicabilidade da extração seriada em biorrefinaria, com destaque para os extratos das algas pardas Ascoseira mirabilis Skottsberg e Desmarestia anceps Montagne, das algas vermelhas Iridaea sp. e Pyropia endiviifolia (A. Gepp & E. Gepp) H.G. Choi & M.S. Hwang e da alga verde Monostroma hariotii Gain. Além disso, compostos fenólicos e polissacarídeos sulfatados emergiram como importantes contribuintes para a atividade defensiva antioxidante. Em abordagem macro-ecofisiológica (Capítulo III), verificamos a influência de fatores ambientais, como temperatura, radiação UV e salinidade, sobre a capacidade antioxidante de Iridaea sp., M. hariotii e Adenocystis utricularis (Bory) Skottsberg da Ilha Deception, constatando o impacto das alterações climáticas em ecossistemas sensíveis e remotos. Isto fortalece a importância de compreender as respostas adaptativas das macroalgas a condições ambientais extremas e com variações abruptas. Este estudo contribuiu para o entendimento mais amplo da biologia de espécies da Antártica, enfatizando a capacidade antioxidante das macroalgas como um marcador bioquímico sensível e essencial para sua persistência em ambientes extremos. Finalmente, viabilizamos uma base de dados e um avanço no conhecimento sobre ecossistemas polares, especialmente na capacidade antioxidante das macroalgas, que sugerem a relevância de estratégias adaptativas algais e no desenvolvimento de abordagens conservacionistas e sustentáveis baseadas nas respostas ecofisiológicas e bioquímicas das macroalgas da Antártica Marítima.