Ecologia do movimento de baleias jubarte em áreas de reprodução e alimentação: biotelemetria como ferramenta para o monitoramento de mamíferos marinhos
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00006 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16561 |
Resumo: | Determinar a distribuição, movimentos e uso de habitat dos animais é fundamental para entender sua ecologia e desenvolver medidas eficazes de conservação. No entanto, estudar animais que migram milhares de quilômetros e habitam áreas remotas e inacessíveis é extremamente difícil, especialmente no ambiente marinho. A telemetria satelital veio como uma solução para estudar espécies de mamíferos marinhos, como as grandes baleias, e seu aperfeiçoamento é fundamental para aprimorar a compreensão dos padrões de uso de habitat desses animais. A baleia jubarte é umas das espécies mais extensivamente estudadas dentre os cetáceos, o que a torna uma ótima representante para aprofundar nossa compreensão sobre a ecologia espacial dessa infraordem. Essa tese teve como objetivo investigar o uso do habitat e o comportamento de movimentação de baleias jubarte do estoque reprodutivo A na área de reprodução e cuidado da prole e em sua área de alimentação, utilizando um amplo conjunto de dados de telemetria satelital coletados entre os anos de 2003 e 2019 na costa do Brasil. Além disso, por meio de uma revisão sistemática e uma meta-análise exploramos dados de estudos publicados e não publicados de baleias marcadas com transmissores satelitais implantáveis, com o intuito de verificar quais fatores influenciam na longevidade dos transmissores e fornecer um panorama sobre o uso da técnica em misticetos. Na área de reprodução, os resultados revelaram importantes regiões onde os animais se agrupam na costa brasileira exibindo comportamentos de acasalamento e amamentação e os modelos de uso de habitat mostraram a influência da localização espacial e dos ciclos ambientais no comportamento das baleias jubarte. Na região de alimentação, evidenciou-se uma dinâmica temporal e uma agregação espacial dos comportamentos de alimentação, revelando importantes áreas de alimentação e diferentes estratégias de forrageamento, com fêmeas e machos usando áreas distintas para forragear.A meta-análise revelou que, ao serem implantados em espécies de baleias, os transmissores satelitais têm uma duração média de 52 dias. Além disso, descobriu-se que fatores biológicos, como família, espécie e sexo, e fatores técnicos, como a área de marcação e o método de implantação, influenciam a longevidade do equipamento. Em sua maioria, essas variações estão provavelmente ligadas aos comportamentos dos animais. Os achados desta tese melhoraram nossa compreensão das baleias e de sua ecologia de movimento nos locais de reprodução e de alimentação, e destaca a importância do uso da biotelemetria no estudo desses grandes predadores, fornecendo evidências que auxiliam no aprimoramento da técnica a fim de avançar na pesquisa ecológica dos animais marinhos |