Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Igor Chagas
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
Mourão, Ludmila Nunes
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Oliveira, Ayra Lovisi
,
Macedo, Christiane Garcia
,
Souza, Gabriela Conceição de
,
Ferreira, Maria Elisa Caputo
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação Física
|
Departamento: |
Faculdade de Educação Física
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16679
|
Resumo: |
Esta tese versa sobre projetos profissionais de mulheres na arbitragem do futebol brasileiro e aborda a formação e a atuação de mulheres árbitras e os atravessamentos de gênero na construção de suas carreiras. O objetivo da pesquisa é compreender os caminhos percorridos pelas árbitras na construção de seus projetos profissionais, considerando as barreiras e as oportunidades que emergem nesse processo. As pesquisas nas ciências sociais permitem aproximações entre as ações dos sujeitos e seu contexto de vida, auxiliando na compreensão dos seus significados; assim, a abordagem qualitativa respaldou os olhares e os processos desta investigação. A entrevista semiestruturada foi o instrumento utilizado na coleta de dados, com as onze árbitras da Confederação Brasileira de Futebol em plena atividade. As entrevistas foram realizadas por telefone, gravadas em áudio, posteriormente transcritas e revisadas pelas árbitras. Os discursos foram analisados à luz da análise de conteúdo temática. Observamos nesta pesquisa que as experiências das árbitras com as práticas esportivas e corporais na infância e juventude constituíram suas identidades e se articulam com a escolha pela carreira de árbitras de futebol. O engajamento esportivo aparece na participação ativa nas aulas de educação física, na representação no desporto escolar em diferentes modalidades e na busca por projetos socioesportivos fora da escola. Os principais entraves no início da carreira passam pela parte física; pela conciliação das demandas da vida social e familiar; e pelas violências sofridas. Seus projetos de trabalho caracterizaram-se pela resiliência, satisfação, realização pessoal e profissional, e são fomentados pelo sonho de atuar no futebol. A superação de injustiças financeiras leva as árbitras a complementar sua renda com outras fontes para manterem sua autonomia e continuarem arbitrando. Os grupos de pertencimento virtuais funcionam como redes de apoio e empoderamento das árbitras. As entrevistadas acreditam que sua chegada à arbitragem contribuiu para diminuir as desigualdades de gênero, ao acionarem estratégias de resistência como a ocupação do campo, a capacitação e a dedicação nos treinamentos e partidas. Assim, concluiu-se que os projetos se constroem e se efetivam na tensão entre os esforços empreendidos pelas árbitras, o reconhecimento profissional recebido e a autorrealização, elementos característicos de carreiras sem fronteiras. Esses achados nos instigam a ampliar as percepções através de pesquisas sobre carreiras de árbitras de futebol nos níveis regional e estadual, bem como a propor ações educativas sobre questões de gênero no esporte que reverberem no campo da formação e atuação de mulheres árbitras. |