Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Lorena Bruna Pereira de
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Orientador(a): |
Fraga, Lucia Alves de Oliveira
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Banca de defesa: |
Borges, Pauline Martins Leite
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Ferreira , Gabriella Freitas
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Grossi, Maria Aparecida de Faria
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Multicêntrico de Pós-Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular
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Departamento: |
ICV - Instituto de Ciências da Vida
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11647
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Resumo: |
Hanseníase, doença milenar e estigmatizante apresentou em 2017, prevalência global de 192.713 casos, sendo o Brasil o segundo país com maior número de casos novos. As ações de controle estão baseadas no diagnóstico, tratamento e vigilância dos contatos. Entretanto, essa enfermidade exige abordagens mais inovadoras para o real controle. Sabe-se que infecções causadas por parasitos bem como deficiências de micronutrientes podem coexistir com a hanseníase em áreas endêmicas no Brasil. Infecções crônicas por helmintos e má nutrição parecem estar associadas à supressão da resposta imunológica. Dessa forma, propõe-se determinar fatores de risco associados à hanseníase em um grupo de estudo considerando variáveis sócio-demográficas, imunológicas, hematológicas, parasitológicas (S. mansoni) e nutricionais. Foram incluídos 3 grupos, casos (com hanseníase PB, MB, n=79), contatos (assintomáticos, convivência com paciente, n=97) e controle negativo (assintomáticos sem história de hanseníase, n=81), atendidos nas ESF de Gov. Valadares e Limeira de Mantena. Foram aplicados questionários estruturados e após coleta de sangue e fezes foram realizados exames laboratoriais para avaliação da reatividade sorológica (IgG4Swap), determinação do perfil imunológico, hemograma e quantificação de micronutrientes. Foram aplicados diferentes testes estatísticos para análise. Destacou-se o baixo grau de escolaridade dos participantes. 75% (33) dos co-infectados apresentavam nível básico de escolaridade e apenas 7,9% (14) do grupo controle (contatos e controle negativo) possuíam ensino superior. 70% dos contatos residiam com o doente e 68% dos co-infectados não tinham hábito de tratar água para consumo. Não foi mostrada associação entre hanseníase da forma clínica multibacilar e esquistossomose, entretanto constatamos uma forte correlação ente hanseníase e infecção pelo S. mansoni com um aOR de 3,37 comparando o grupo de casos e controles e ainda mais forte, um aOR de 8,33 comparando casos e contatos. Provavelmente, nossa limitação em constatar associação entre a forma multibacilar e esquistossomose se deve ao pequeno número de casos com IB positivo, e também o pequeno número de participantes com esquistossomose ativa e ainda apresentando baixa carga parasitária. No painel de citocinas verificou-se que IL-10, citocina imunoreguladora, apresentou associação com o grupo de infectados pelo S. mansoni, bem como com o grupo co-infectado x controle negativo (estimulo ML) e mono infectado (SE, PHA e ML). A IL-4 também apresentou associação com o grupo co-infectado x contato (SE) e monoinfectado (ML). Esses dados reforçam a presença de citocinas imunoreguladoras e relacionadas à resposta Th2 no grupo co-infectado. Uma correlação positiva entre perfil de citocinas próinflamatórias (IL-17, IFN-γ, TNF-α, IL-6 e IL-2) e grupo controle foi constatada, como também com o mono-infectado. Associação das quimiocinas IL-8 e IP-10 com o mono-infectado foi detectada. Indivíduos co-infectados apresentaram concentrações inadequadas de vitamina D. Concentrações adequadas de vitamina A foram observadas nos grupos controle negativo e contato. A deficiência de ferro associada a uma dieta pouco diversificada, juntamente com coinfecção, podem ser a causa da anemia observada em 55% dos indivíduos do grupo co-infectado que apresentaram parâmetros hematológicos (hemácia, hemoglobina, hematócrito) abaixo dos valores normais. Acreditamos que a continuidade desses estudos e o acompanhamento dos contatos são relevantes para melhor delinear fatores de risco. |