Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Isabel Patrícia Martins Baêta
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Orientador(a): |
Felippe, Miguel Fernandes
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Banca de defesa: |
Rocha, Cézar Henrique Barra
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Santos, Gisele Barbosa dos
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Oliveira, Fábio Soares de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16621
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Resumo: |
Áreas úmidas, também conhecidas como wetlands em inglês, são sistemas hidrogeomorfológicos formados pela saturação prolongada de superfícies topográficas por água, seja de forma temporária ou permanente. O estudo de pequenas áreas úmidas no Brasil é percebido como uma lacuna a ser preenchida, dadas as barreiras para a compreensão desses sistemas e dos contextos geomorfológicos, geológicos e hidrológicos que as envolvem. O presente trabalho tem por objetivo geral elucidar os fatores ambientais que concorrem para a formação das áreas úmidas no domínio morfoclimático dos Mares de Morros. Fixaram-se como objetivos específicos: Compreender a espacialização das áreas úmidas identificadas; Discutir as relações hidrogeomorfológicas que constituem suas tipologias; Interpretar os condicionantes morfotectônicos e morfoestruturais de suas conformações. O percurso metodológico do trabalho foi fundamentado na interpretação espacial de aspectos geológico-geomorfológicos em relação às áreas úmidas mapeadas na bacia hidrográfica do córrego Igrejinha, no município de Juiz de Fora-MG. Assim, foram estudados os fatores ambientais condicionantes para a formação de áreas úmidas, para desenvolver explicações a respeito do contexto em que se encontram - e sobre como tal contexto exerce influências sobre a formação das áreas úmidas. A partir das técnicas de sensoriamento remoto, foram identificadas 140 áreas úmidas na bacia do córrego Igrejinha, constatando-se que 50% das mesmas se tratam de áreas úmidas de cabeceira, majoritariamente controladas pela morfoestrutura. Pode-se inferir que o condicionamento da existência de áreas úmidas, assim como dos demais integrantes da paisagem, passa pelas relações de formas, elementos (bióticos e abióticos) e por seus consequentes processos. Destarte, para além de fatores hidrogeomorfológicos, os fatores de ordem tectono-estrutural ‒ como a concordância de direções de lineamentos de relevo com as tendências de falhas da Faixa Ribeira, basculamentos e assimetrias da bacia estudada ‒ sugeridos pelos mapeamentos realizados e pelos índices FABD e FSTT ‒ auxiliaram nas tentativas de levantar questionamentos a respeito de associações da gênese de áreas úmidas em contextos geomorfológicos similares aos da área estudada. A ação antrópica, presente em toda a área estudada (em maior ou menor escala), deve ser levada em consideração para a interpretação das áreas úmidas, uma vez que afeta diretamente as questões morfodinâmicas da paisagem, podendo ser responsáveis pela antropogenia de alguns desses sistemas. |