Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Real, Sílvia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/190952
|
Resumo: |
O Gráben Ribeirão das Lajes (GRL) foi mapeado no limite entre as escarpas da Serra do Mar e o Gráben da Guanabara, no estado do Rio de Janeiro, Brasil. O presente estudo buscou caracterizar a configuração e evolução tectônica cenozoica do GRL a partir de métodos que integram procedimentos em laboratório e trabalhos de campo, envolvendo Geologia Estrutural e Geomorfologia Tectônica. Esta bacia tipo gráben encontra-se encaixada na estrutura pretérita NE-SW do embasamento pré-cambriano, composto de gnaisse bandado milonítico da Unidade Arcádia-Areal, juntamente com ortognaisses e granitoides do Arco Magmático Rio Negro. Essas rochas estão intrudidas por diques de diabásio cretáceos de direção NE-SW. O registro sedimentar está associado, principalmente, aos depósitos aluvionares e coluvionares, que se estendem por 20 km de comprimento por 9 km de largura, expostos de maneira irregular e separados por altos intrabacinais. As características da rede de drenagem e do relevo da área, somados aos inúmeros e persistentes lineamentos, mostram, em conjunto com os dados levantados em campo, que os traços principais se associam às fraturas. O GRL é uma estrutura alongada e estreita delimitada por falhas NE-SW, em ambas as bordas, e compartimentada fundamentalmente por fraturas de direção NW-SE e E-W. O primeiro evento de formação do GRL se relaciona com as falhas normais NE-SW do embasamento, equivalente ao processo de geração das bacias do Sistema de Riftes Cenozoicos do Sudeste do Brasil no Paleógeno. As estruturas NE-SW são expressivas no sistema fluvial, nas feições morfotectônicas e nas zonas preferenciais de erosão e sedimentação. Na escala de trabalho local, as fraturas NW-SE de alto ângulo, reconhecidas em campo, têm papel significativo na dissecação da paisagem, definindo marcantes rupturas de relevo, a partir do condicionamento de tributários e feições morfotectônicas. As novas descontinuidades, representadas por fraturas E-W e N-S, controlam pequenos canais, cristas e facetas. Destaca-se a influência do feixe E-W na dissecação e remodelamento da paisagem local, com expressividade nos dados de juntas e falhas que afetam embasamento, diques e cobertura sedimentar. O condicionamento tectônico do relevo e, principalmente, da rede de drenagem, que responde a movimentações mais jovens, indica atividades tectônicas no Cenozoico. O regime atual de tensão é definido na literatura por uma transcorrência dextral, caracterizado por estruturas extensionais NW-SE, correspondente às estruturas encontradas em campo, que afetam tanto a cobertura sedimentar quanto o embasamento intemperizado, com planos estriados preenchidos com óxidos. Os estudos realizados expõem os reflexos da atuação tectônica rúptil cenozoica que modificaram a paisagem e levaram à erosão da bacia do GRL. |