A força da fraqueza: sofrimento e despojamento nas trajetórias espirituais de Simone Weil e Henri Nouwen

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Karen Aquino Rangel da lattes
Orientador(a): Berkenbrock, Volney José lattes
Banca de defesa: Serrato, Andréia Cristina lattes, Pádua, Lúcia Pedrosa de lattes, Almeida, Edson Fernando de lattes, Teixeira, Faustino Luiz Couto lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00030
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16178
Resumo: As trajetórias espirituais de Simone Weil e Henri Nouwen demonstram de forma expressiva a força das experiências espiritual e mística em seus percursos biográficos. Sendo essas dimensões significativas para o estudo da religião, esta tese propõe-se a contribuir com as discussões no campo da espiritualidade e da mística, apresentando a partir de pesquisa bibliográfica uma análise das trajetórias espirituais da filósofa francesa e do teólogo holandês. Com base na investigação de seus percursos biográficos, ou seja, na observação de experiências vividas e das reflexões oriundas das mesmas, apresentam-se dois aspectos fundamentais de uma espiritualidade em movimento: o existencial, que diz respeito à busca humana por sentido, e o místico, que envolve a espera por um contato com o transcendente. Como expressão dessa busca e espera, evidenciam-se na narrativa dos autores os encontros consigo mesmo, com o outro e com Deus. A partir da análise dos mesmos, conservadas as diferenças entre os autores, bem como as particularidades do contexto de cada um deles, assume-se que a consciência da miserabilidade humana e a compreensão da fraqueza como força, é o que os aproxima. Partindo dessa premissa, destacam-se dois elementos centrais em suas trajetórias espirituais: o sofrimento e o despojamento. A hipótese que orientou a pesquisa, de que nelas o despojamento surge como resposta ao sofrimento e que, por meio deste, Weil e Nouwen foram conduzidos à experiência de Deus, revelou-se parcialmente verdadeira, tendo em vista que essa afirmação não abarca a complexidade da relação entre sofrimento e despojamento identificada ao longo da investigação. Assim, através dos dados encontrados, delineia-se uma reflexão acerca das trajetórias espirituais de Simone Weil e Henri Nouwen, buscando demonstrar a relação de complementaridade entre sofrimento e despojamento, tal como compreendida e vivida por eles no contexto de suas experiências espirituais e místicas. A compaixão, como fruto dessa relação, configura-se como traço distintivo do compromisso mais profundo de suas vidas.