Vinhetas, vermes e vestígios: as várias faces do fascismo na distopia de V de Vingança de Alan Moore e David Lloyd

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Assis, Vinicius Gonçalves Ribeiro de lattes
Orientador(a): Silva, Anderson Pires da lattes
Banca de defesa: Martins, Anderson Bastos lattes, Freesz, Luciana lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17402
Resumo: O principal objetivo da presente dissertação foi observar a relação que é estabelecida nos quadrinhos, da maneira que a arte e a cultura aparecem em contraposição a insurgência de um regime fascista, assim como a relação entre o fascismo e a perversão sexual. Dessa maneira, ao eleger-se a obra V de Vingança de Alan Moore e David Lloyd, foi-se necessário também trabalhar com autores que contemplassem questões pertinentes ao contexto histórico e cultural no qual a obra se encontra inserida. Foi importante, a priori, investigar brevemente as influências quadrinistas inerentes a obra, assim como o contexto das histórias em quadrinhos na década de 1980, que na luz de autores como Grant Morrison (2012), Greg Carpenter (2016) e Reed Tucker (2018), tornou a análise mais robusta. Também foi importante o uso de autores como Umberto Eco (2008) e Valmor Beltrame (2009), nesse caso para investigar aspectos únicos de V de Vingança, como a desconstrução de um modelo de herói, assim como os significados da utilização da máscara. Valendo-se de autores como Eric Hobsbawm (1995), para um contexto histórico geral e Brian Harrison (2010) e George Fry (2008) ao focar mais especificamente para a Inglaterra, foi possível construir um breve panorama do período. Concomitantemente, autores como Susan Sontag (1975) e Tzvetan Todorov (2007) contribuíram para a parte da análise que tangia a questão fascistas e os principais elementos do mesmo. Importantemente, destacaram-se também autores para compreensão dos elementos de fascismo e perversão sexual presentes na obra, tais como Georges Didi-Huberman (2011), Michel Foucault (2017), assim como a obra cinematográfica de Pier Paolo Pasolini (1975). Dessa maneira, como tal arcabouço teórico, tornou-se possível através da análise e leitura dos elementos históricos, alcançar com sucesso os objetivos propostos no que tangiam a procura por elementos de crítica ao fascismo insurgente nas políticas inglesas do períodos, além dos elementos de fascismo e perversão seuxal, assim como análise da (des)construção da figura do herói clássico e também a percepção das histórias em quadrinhos como um meio válido para a compreensão de características socioculturais relativas ao contexto no qual a obra se insere.