Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Braga, Eduardo Nobre |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84636
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Resumo: |
<div style="">A pergunta servida como entrada, neste banquete de horrores, seria: como fora possível que a tradição mais consolidada do esclarecimento desse vazão a tamanho evento de violência? Desde os acontecimentos que culminaram na Segunda Guerra Mundial, muitos filósofos puseram-se a pensar sobre as condições de possibilidade do fascismo como um fenômeno histórico. Partimos de duas correntes conflitantes, das quais derivamos nossa interpretação. A primeira delas aborda o fascismo como uma tendência humana inconsciente, presente na história da civilização, mas represada pelo progresso civilizatório. Essa interpretação se vincula à diversos modos de apropriação da psicanálise. A segunda interpretação parte de uma análise do estado da civilização, em um tempo específico, e dele derivam as condições para o fascismo. Nesse viés de leitura, o fascismo foi um fenômeno do capitalismo, historicamente determinado por uma conjuntura política, social e econômica. As duas correntes encontram críticas e adeptos, ao longo dos tempos, mas ganham súbita atualidade, uma vez que fenômenos protofascistas reaparecem. O objetivo desta dissertação é apresentar uma leitura alternativa que busca evidenciar tanto a condição inconsciente quanto a civilizacional do fascismo. Nossa hipótese é que o fascismo é um fenômeno do capitalismo, mas se encontra vinculado às suas formas primitivas de acumulação, advindas de momentos imemoriáveis da civilização, numa tradição de exploração e sevícias. Esse processo se consolida também no inconsciente, produzindo um recalcamento dos desejos, em condição contumaz de impotência que provoca um estado de violência contra tudo aquilo que seja potência de vida. Para fins metodológicos, a hipótese acima será apresentada em uma forma onírica. Isso se faz necessário, pela convicção de que só a sobreposição de imagens, estilos, tudo em fluxo seria capaz de apresentar, com o devido engajamento político, aquilo que vem a ser a crítica ao fascismo, desde sua mitistória até a sua faceta mais crua e mortífera - do campo de concentração a um cotidiano mórbido. Nesse viés, a zona de intercâmbio intelectual será na forma do flash, recusando qualquer academicismo inerte que venha a ceder terreno, por ser inócuo, ao fascismo em expansão. E o primeiro testemunho do engajamento dessa obra é o choque, o estranhamento, derivado do seu não lugar neste lugar. O caminho trilhado divide esse texto em três partes. A primeira sedimenta aquilo que vem a ser a mitistória do fascismo, bem como sua úlcera geratriz, o capitalismo. A segunda parte trata do fascismo como cultura. Em seguida, uma terceira parte volta-se à produção de uma nova hipótese ressignificante da condição humana que seria a Produção Desejante, assim como à compreensão do desejo e sua contraparte, a impotência e sua linguagem, a violência mórbida. Por fim, apresentamos algumas considerações sobre a superação do fascismo e a destruição da ordem capitalística, através do devir revolução. </div><div style="">Palavras-chave: Capitalismo. Fascismo. Produção desejante</div> |