Entre a magia e a sedução: o imaginário feminino inquisitorial e a influência medieval na colônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Monfardini, Aieska Pandolfi lattes
Orientador(a): Nascimento, Denise da Silva Menezes do lattes
Banca de defesa: Daibert Junior, Robert lattes, Rui, Adailson Jose lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12036
Resumo: Em 1551, o Tribunal de Lisboa teve sua jurisdição estendida para as colônias portuguesas, entre elas, o Brasil. Quarenta anos após a extensão, a América Portuguesa recebeu sua primeira visitação inquisitorial, com a chegada de Heitor Furtado de Mendonça, em Salvador, no dia 28 de julho de 1591, após sua vida passar por extenso escrutínio para receber a nomeação de visitador. Tal incursão teria sido motivada pela grande presença judaica na colônia. Entretanto, todo tipo de desvio de doutrina seria alvo de investigação inquisitorial. A feitiçaria, sendo uma das heresias que se desviavam dos dogmas católico-cristãos, também foi objeto tanto de denúncia quanto de investigação. Esse malefício, como qualquer outro crime ou mal-estar social envolvendo a danação da alma do homem, principalmente através de atos sexuais ou sexualizantes, era ligado imediatamente à mulher. Assim, o presente trabalho pretende analisar a figura feminina através do processo inquisitorial contra Violante Carneira. Neste sentido, é enfatizando o legado misógino-demonizante, fortificado através do medievo nas acusações de feitiçaria, prática supostamente relacionada à figura da mulher.