Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Dias, Jéssica Gomes
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Orientador(a): |
Paula, Christiane Jalles de
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Banca de defesa: |
Oliveira, Marcella Beraldo de
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Gynspan, Mário
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11184
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Resumo: |
O presente trabalho investiga o funcionamento no Núcleo de Atendimento ao Idoso (NAI), em Juiz de Fora (MG). Seu objetivo foi o de entender como a mediação de conflitos, que foi instituída como política pública pelo Conselho Nacional de Justiça, tem sido implementada. Buscou-se compreender como foi realizada a sua implantação e como era o cotidiano do NAI, buscando desnudar os papeis, as dinâmicas da interação e os constrangimentos institucionais, sociais, culturais que são constitutivas do NAI. Metodologicamente, foram utilizadas técnicas qualitativas: uso da observação participante, entrevistas e pesquisa documental. Partindo da hipótese de que é a burocracia que está em contato direto com o público atendido e que “dá cara” à política pública, este estudo, por um lado, focou nas equipes e nas sessões de mediação. De outro, foram analisados também os formulários de satisfação, que são aplicados pelas mediadoras ao fim das sessões, para elucidar a perspectiva dos beneficiários daquela experiência de mediação. Este trabalho reflete assim acerca de como os idosos são vistos, do que as pessoas buscam na mediação e se conseguem o que buscam. A pesquisa mostrou que a implantação do NAI foi possível porque um shopping-center juiz-forano encampou a proposta, financiando sua implantação, cedendo espaço, pagando mediadores, ou seja, fornecendo toda a infraestrutura necessária e condições financeiras. Percebeu-se ainda que foi uma rede de relacionamentos pessoais que possibilitou a implantação do núcleo. Ao analisar o funcionamento do NAI, foi possível identificar que há inúmeras dificuldades para o funcionamento do núcleo de mediação: falta de financiamento estatal, dependência de voluntários e de redes de relacionamento, desconhecimento teórico sobre o que seja a mediação e seus propósitos e uma noção própria de direitos. Por fim, a dissertação aponta que maioria dos conflitos mediados no NAI gira em torno de três temáticas: conflitos entre idosos e vizinhos, conflitos familiares e conflitos relacionados aos cuidados para com o idoso. Foram também percebidas diferenças procedimentais na condução da mediação, o que denota voluntarismo das pessoas que, de fato, implementam a política pública. |