Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Melo, Michele Nakahara
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Orientador(a): |
Arreguy-Sena, Cristina
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Banca de defesa: |
Cruz, Diná de Almeida Lopes Monteiro da
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Carbogim, Fábio da Costa
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Oliveira, Anabela de Souza Salgueiro
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Braga, Luciene Muniz |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Enfermagem
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Departamento: |
Faculdade de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5883
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Resumo: |
Introdução: O uso dos vasos sanguíneos, apesar de ser reconhecido como útil e benéfico à prática clínica, pode causar iatrogenias, efeitos adversos e comprometer a segurança, o tratamento e o conforto dos usuários. As manifestações de alteração no sítio de inserção dos cateteres intravasculares periféricos (CIVPs) ou nas áreas adjacentes são conhecidas como trauma vascular. Objetivo: produzir tecnologia assistencial leve-dura na modalidade de bundle para subsidiar implementação de intervenções de enfermagem sobre o processo de punção de vasos periféricos e a prevenção de trauma vascular numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA) a partir de um diagnóstico situacional, com vistas à estruturação do cuidado de enfermagem baseado em evidências. Métodos e técnicas: Foram referenciais: 1) Políticas Públicas em Urgência/Emergência; 2) Processo de punção de vasos periféricos numa UPA; 3) Teoria das Representações Sociais (Abric) e 4) Teoria de Neuman. Pesquisa de método misto (qualiquanti), operacionalizada em procedimentos sequenciais e simultâneos utilizando intervenções complexas, segundo Medical Research Council (MRC). Cenário: UPA de porte III em Minas Gerais. Foram etapas metodológicas: desenvolvimento (revisão integrativa, ambiência, diário de campo, abordagem estrutural das representações sociais); confiabilidade e pilotagem (coorte e diário de campo); avaliação (construção do bundle, processo educativo e diário de campo) e implementação (educação permanente com segmento e monitoramento e diário de campo). Participaram 56 membros da equipe de enfermagem e 228 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que tiveram suas veias puncionadas avaliadas numa coorte (252). Dados coletados por triangulação de técnicas e métodos (semiológicos, fotográficos, entrevistas, técnicas projetivas, observação participativa e consulta a acervo eletrônico) com apoio do aplicativo Open Data Kit (ODK). Foram utilizados programas EVOC 2000® e SPSS24®, sendo atendidos requisitos éticos/legais de pesquisa envolvendo seres humanos. Resultados: usuários se apresentaram como homens (58,3%), de baixa escolaridade (56,8%), idosos (55,6%) e alocados no setor amarelo (67,1%); incidência de trauma vascular periférico de 62,3% (predominando endurado, edema e dor) documentados por critérios imagéticos. Houve correlação (p-valor= 0,001-0,040) entre sexo, faixa etária, hipertensão, sangue visível e autoavaliação de ter veia difícil de puncionar com a variável de desfecho (trauma vascular). Produziuse tecnologia assistencial leve-dura na modalidade de bundle, alicerçado em diagnóstico situacional e evidências científicas. Foram utilizadas ferramentas tecnológicas/comunicacionais e didático-pedagógicas (vídeo e protocolo) para subsidiar abordagens individuais e grupais. A revisão integrativa delineou acervos sobre tipos/causas de trauma vascular e intervenções compatíveis com usuários de uma UPA, explicitando perfis modificáveis/não modificáveis por intervenções de enfermagem. Elementos simbólicos retrataram respostas humanas dos usuários e profissionais que norteiam demandas de cuidados e lacunas na percepção de como os mesmos concebem, enfrentam, valoram, experienciam a temática e lidam com ela. Concepção coletiva dos profissionais alicerçada numa técnica fragmentada desconectada da relação dialógica sensível e singular que deve presidir qualquer ato profissional. Conclusões/Considerações finais: a complexidade da temática e o distanciamento do enfermeiro de seu protagonismo no direcionamento da atuação da equipe de enfermagem e das atividades assistências/gerenciais possibilitaram negar a hipótese de nulidade de H1 e a hipótese de nulidade de H2. Foram contribuições: diagnóstico situacional, criação do bundle e abordagem educativa. Recomenda-se: investimento institucional em educação permanente da equipe de enfermagem e de materiais apropriados, criação de um protocolo institucional de notificação de eventos adversos e realização de uma coorte após a implementação do bundle e a replicação da investigação em outras UPAs. |