Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Barreto, Krícia Helena
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Orientador(a): |
Silveira, Sonia Bittencourt
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Banca de defesa: |
Vieira, Amitza Torres
,
Rocha, Luiz Fernando Matos
,
Oliveira, Maria do Carmo Leite de
,
Recuero, Raquel da Cunha
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/296
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Resumo: |
Este estudo tem como objeto o fenômeno conhecido como “memes de Internet”, produzidos no ambiente virtual do website denominado <9gag>, tendo sido focalizada a seção de comentários realizados sobre os memes postados por seus participantes. A partir de uma perspectiva interacional dos estudos do discurso, investigamos a maneira como a replicação dos memes de Internet sinaliza as práticas rituais constitutivas desse grupo e afeta a forma como as faces dos participantes são co-construídas e negociadas no curso da interação. Os rituais e as faces reivindicadas são vistos, então, como práticas que emergem e são sensíveis ao aqui e agora do uso da linguagem nesse contexto. As práticas de reprodução memética, compreendidas como unidades de transmissão cultural e de difusão da informação, fundamentadas na imitação, quando analisadas sob a perspectiva dos rituais relacionais (Kádár, 2013), vão muito além do simples entretenimento dentro de um grupo como o <9gag>. Elas auxiliam na formação e na manutenção do ethos dessa comunidade virtual, fornecendo o status de membros legítimos àqueles que acatam as regras interacionais estabelecidas através dessas práticas. A participação e o alinhamento às práticas rituais do grupo gerou o sentimento de pertencimento e identificação entre os participantes, legitimando-os como membros dessa comunidade, unidos pelo compartilhamento dos valores disseminados pelos memes, do conhecimento das práticas do grupo, e das representações simbólicas construídas pelo grupo. Além disso, através dos processos de elaboração das faces, pudemos verificar como os interagentes modelam as interações da comunidade ao se (des-)alinharem com os tipos de face que emergem nesse website. |