“A voz do povo não é a voz de Deus”: o preconceito linguístico em memes e comentários de memes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gaspar, Mayara do Rocio Lima lattes
Orientador(a): Carlos, Valeska Gracioso lattes
Banca de defesa: Romano, Valter Pereira lattes, Fraga, Letícia lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
Departamento: Departamento de Estudos da Linguagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3708
Resumo: Nesta pesquisa, busca-se fazer a análise do preconceito linguístico em memes e comentários de memes de uma página da rede social Facebook descrita como “Professores Sonhadores”, que é voltada para professores e profissionais envolvidos com o âmbito escolar. O autor autodescreve a página como “um espaço aberto para todos os profissionais do ensino” e as postagens são compostas por uma diversidade de temas abordados, na grande maioria das vezes, por meio de memes, incluindo temáticas como política, críticas ao ensino, apontamento de “erros” gramaticais, reflexões, etc. A partir destes dados, também serão analisadas as reações do Facebook e seus compartilhamentos, a fim de evidenciar que, por meio dessas ferramentas disponíveis nesta rede social, é possível auxiliar na propagação ao preconceito linguístico neste meio. A partir desta pesquisa, serão elucidadas questões e reflexões importantes acerca da variação linguística, a fim de auxiliar no combate ao preconceito linguístico, conforme prescrevem os Documentos Oficiais como os PCN‟s (BRASIL, 1998, 2000) e BNCC (BRASIL, 2007) que norteiam o trabalho do professor de língua. Os critérios utilizados para a realização da pesquisa foram os seguintes: (i) Memes e comentários de memes publicados no período de 01 de setembro de 2020 até 31 de Dezembro de 2020; (ii) seleção de memes que incitavam o preconceito linguístico (iii) análise dos 5 primeiros comentários de memes considerando a classificação dos mais relevantes e desconsiderando quaisquer comentários que tivessem relação com a autora deste trabalho e (iii) análise acerca das reações e compartilhamentos nestes memes analisados na rede social Facebook . A pesquisa é de cunho qualitativo e interpretativista. Por meio desta pesquisa, é possível constatar e confirmar a hipótese levantada de que existe preconceito linguístico nesta rede social e que ele se dissemina rapidamente por meio de memes, comentários de memes, reações e compartilhamentos do Facebook. Ademais, também se constata a desinformação ao que tange à variação linguística e ao preconceito linguístico, o que evidencia a necessidade do trabalho dessas temáticas no âmbito escolar e na formação de professores, a fim de diminuir possíveis preconceitos linguísticos no âmbito escolar a partir da análise de memes e comentários.