O uso de smartphones e o grau de dependência digital e sua relação com os fatores associados a aprendizagem, saúde mental e qualidade de vida em estudantes de medicina: um estudo longitudinal.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00388 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13784 |
Resumo: | Apesar dos estudos que avaliaram a inserção da tecnologia e a utilização de smartphones na saúde mental e aprendizado dos estudantes de medicina, ainda são poucos aqueles que investigaram de forma longitudinal esses desfechos. Objetivouse avaliar a associação entre uso de smartphones e dependência digital com a saúde mental, qualidade de vida, aprendizagem e motivação acadêmica de estudantes de medicina seguidos por dois anos. Estudo longitudinal realizado entre os anos de 2016 e 2018. Foram avaliados dados sócio demográficos, uso de smartphone, grau de dependência digital (Internet Addiction Test), abordagem de aprendizagem superficial e profunda (Biggs), motivação (Escala de Motivação Acadêmica), avaliação de sintomas de depressão, ansiedade e estresse (DASS-21) e Qualidade de Vida (WHOQOL-BREF). Para análise foram usados modelos de regressão ajustados. Um total de 269 estudantes foram incluídos (51.4% do total). Nos dois anos de seguimento, apesar de um aumento na frequência de uso dos smartphones (incluindo uso em sala de aula para atividades não educacionais), não foi encontrado aumento na dependência digital. Nos modelos ajustados, a frequência de uso de celular e a dependência digital foram preditoras de menor motivação acadêmica e maior aprendizagem superficial. Entretanto, apenas a dependência digital foi preditora de pior saúde mental (ansiedade, depressão e estresse) e pior qualidade de vida. Concluiu-se que a maior utilização de smartphones e altos escores de dependência estiveram associados a piores desfechos educacionais. Da mesma forma, a dependência digital também se mostrou marcadora de desfechos em saúde mental e qualidade de vida. É importante que educadores estejam atentos a esses efeitos negativos e possam orientar os alunos sobre o uso adequado e seguro desses dispositivos. |