Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Manfroi, Angélica |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-03052023-122720/
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Resumo: |
Introdução: O investimento na motivação intrínseca do estudante de Medicina resulta em melhorias na aprendizagem, na competência técnica e na relação médico-paciente. OBJETIVOS: Caracterizar quantitativa e qualitativamente a motivação para aprender dos estudantes de Medicina, e verificar se existem diferenças entre as fases do curso; avaliar associação de motivação com variáveis a ela relacionadas. Métodos: Estudo transversal, com questionário para estudantes do primeiro ao sexto ano de faculdade de Medicina, cuja metodologia é prioritariamente centrada no aluno. Foram utilizados: Escala analógica visual para autopercepção da motivação, Escala de Motivação Acadêmica (EMA), Inventário de Depressão de Beck (IDB), Inventário de Ansiedade Traço Estado (IDATE), Dundee Ready Education Environment Measure (DREEM), Escala de Resiliência (RS 14) e média das notas. Resultados: 627 (55,68%) estudantes, com média de idade de 23 anos, sendo 72,90% do sexo feminino, com média de 8,49 ± 1,62 para autopercepção da motivação. Os dados a seguir apresentaram significância estatística (p<0,05). As motivações intrínseca para conhecer e extrínseca por identificação apresentaram médias maiores, ambas sendo maiores no sexo feminino. Desmotivação apresentou as menores médias gerais, sendo mais comum no sexo masculino. Os ciclos clínico e profissionalizante tiveram médias maiores para motivação extrínseca por regulação externa do que o ciclo básico. Ambiente de ensino teve associação positiva e mediana com as motivações intrínsecas para realização e para vivenciar estímulos. Resiliência apresentou associação positiva e mediana com os três tipos de motivação intrínseca, e negativa e mediana com desmotivação. A prática de religião teve médias maiores para as motivações intrínsecas para realização e para vivenciar estímulos. Atividade física apresentou médias maiores para motivação extrínseca por controle externo. Estudantes sem graduação prévia tiveram médias maiores para as motivações extrínsecas por introjeção e por controle externo. Praticar atividades extracurriculares apresentou médias maiores para os três tipos de motivação intrínseca e para motivação extrínseca por identificação. Estudantes que não trabalham apresentaram médias maiores para as motivações extrínsecas por introjeção e por controle externo. Conclusão: Os estudantes demonstraram ter alta motivação global para prosseguirem nos estudos, predominância de motivação intrínseca para conhecer, seguida pela motivação extrínseca por identificação e baixos índices de desmotivação. Houve aumento da motivação extrínseca por controle externo a partir do terceiro ano do curso. Ser praticante de religião e participar de atividades extracurriculares estão relacionados com maior motivação intrínseca. Não ter graduação prévia e não trabalhar concomitantemente ao estudo de graduação se relacionam à motivação extrínseca. É importante compreender os motivos relacionados à diminuição da motivação intrínseca ao longo do curso de Medicina, repensar os processos de ensino e aprendizagem, e investir em estratégias que estimulem a autonomia dos alunos, resultando em aumento da motivação intrínseca |