Uso de smartphones, dependência digital e saúde física e mental em idosos de comunidade: uma pesquisa de base populacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bertocchi, Fernanda Martins lattes
Orientador(a): Lucchetti, Alessandra Lamas Granero lattes
Banca de defesa: Motta, Luciana Branco da lattes, Castro, Edna Aparecida Barbosa de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11618
Resumo: Estudos têm demonstrado a influência do uso da tecnologia móvel e da internet na saúde de diversos grupos etários. No entanto, ainda são carentes estudos envolvendo idosos e que tenham avaliado dependência digital. Objetivou-se avaliar a utilização de tecnologia móvel (cell phones and smartphones) e o grau de dependência digital e de que forma esses fatores estão associados à saúde física, mental, social e qualidade de vida de idosos da comunidade. Estudo observacional, populacional e transversal, incluindo idosos da comunidade de uma cidade de baixa-renda do interior do Brasil. Foram utilizados questionários sociodemográficos, avaliações cognitivas (Mini-mental), saúde mental (DASS-21), qualidade de vida (WHOQOLbref), sono (Pittsburgh), atividades de vida diária (Lawton), solidão (UCLA), dependência digital (Internet Addiction Test) e uso de tecnologia digital. Um total de 668 idosos (93.6% da população idosa da cidade) foram incluídos. Com relação ao uso da tecnologia, 175 idosos (26.2%) possuíam celular, 172 idosos (25.7%) smartphone e 321 (48.1%) não possuíam dispositivos móveis. Idosos que possuem smartphone tinham menor idade, maior renda, eram mais da raça branca, maior pontuação no MEEM, menor dependência para as AIVDs, melhor qualidade de vida nos domínios psicológico e ambiental e maior suporte social. Porém, não houve diferença para sintomatologia de depressão, ansiedade e estresse, nem alteração de sono e solidão. A dependência digital foi correlacionada com horas de uso do celular, pior qualidade de sono, melhor qualidade de vida no domínio físico e no domínio ambiental. Já a quantidade de horas de uso foi correlacionada com menor sintomas de estresse, e pior qualidade de vida no domínio social, enquanto uma maior importância do smartphone na vida correlacionou-se com menor sintomas depressivos e menor solidão. Concluiu-se que os idosos que possuem um smartphone apresentaram melhores desfechos de saúde quando comparados aos demais grupos. A dependência digital foi correlacionada com horas de uso do celular, pior qualidade de sono, melhor qualidade de vida no domínio físico e no domínio ambiental. Esses dados podem servir de subsídios para uma maior compreensão do uso da tecnologia nessa faixa etária.