“Maus brasileiros e súditos do Eixo” na Segunda Guerra Mundial: a hostilização aos germânicos em Juiz de Fora (1942-1945)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Schaeffer, Carolina Munck lattes
Orientador(a): Gonçalves, Leandro Pereira lattes
Banca de defesa: Almeida, Fábio Chang de lattes, Gertz, René Ernaini lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00146
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14207
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar o impacto na sociedade juiz-forana do discurso estadonovista contrário aos imigrantes alemães em junção com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Para isso, a pesquisa buscará, através da leitura de notícias de jornais de grande circulação, compreender a veiculação da problemática envolvendo os imigrantes oriundos das nações do Eixo a partir de 1942, quando o Brasil entra, definitivamente, na Guerra ao lado das forças aliadas. Também, em conjunto com fontes oriundas do DOPS-MG, com o Processo Crime do pastor luterano Viktor Schwaner e sua esposa, Annelise Schwaner, e com a legislação do período busca-se reconstruir o cenário da época verificando a hostilização legitimada dispensada à figura do imigrante alemão. A partir disso, espera-se compreender o desenrolar da Guerra na sociedade de Juiz de Fora, entre os anos 1942-1945, verificando os impactos desse momento na vida dos imigrantes de origem germânica. A redução gradativa de notícias relacionadas aos teutos a partir de 1943 e o esvaziamento da dimensão de perigo alemão a partir de 1945 evocam um novo cenário na sociedade. Como consequência desse período, a comunidade teuto-brasileira precisou se reinventar após o conflito armado, reconstruindo suas memórias identitárias e reescrevendo a história dos alemães na cidade de Juiz de Fora.