Pesquisando com crianças em suas casas: vivência no interespaço doméstico, pandemia e reflexões sobre uma espacialidade mais que humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Paula, Sara Rodrigues Vieira de lattes
Orientador(a): Lopes, Jader Janer Moreira lattes
Banca de defesa: Souza, Maria Zélia Maia de lattes, Santiago, Mylene Cristina lattes, Pereira, Luiz Miguel lattes, Almeida Júnior, Sebastião Gomes de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17364
Resumo: A partir do interespaço da casa, este trabalhou se dedicou a entender como seria pesquisar com as crianças em seus espaços domésticos e privados, considerando sua relação e convivência com o lar e com o que nele vive e faz parte da vida da criança. Além disso, considerando seus mapas vivencias como criação de potenciais espacialidades, ou seja, entendendo a criação das crianças a partir de sua autoria, vivência e sua imaginação criadora (Vigotski, 2018b). Nesse sentido, a partir dos conceitos de vivência e de reelaboração criadora (Vigotski, 2018b) e através dos mapas vivenciais (Lopes, 2018b) realizados dentro de suas casas, buscou-se compreender como as crianças vivenciam seus espaços e como cartografam e narram essas vivências espaciais as reelaborando e as recriando. Como disparador da convivência com as crianças, foram criados e narrados mapas vivenciais (Lopes, 2018b) dos lugares de suas vidas. Assim, a partir de seus interespaços domésticos e através da cartografia (linguagem gráfica, visual e espacial), as crianças documentaram suas vivências com os espaços de suas vidas, permitindo que pesquisa testemunhasse como suas autorias emergiam e se manifestavam. Além disso, a pesquisa também se dedicou a discutir e refletir sobre o processo - em si - de pesquisar com as crianças em suas casas. Portanto, ao trazer essa discussão e reflexão para este texto, um dos objetivos foi também escrever sobre as especificidades de pesquisar com as crianças em suas casas. Dessa forma, além de pesquisar as vivências espaciais com as crianças dentro de suas casas, o trabalho também tem por objetivo contribuir com a discussão sobre os espaços possíveis de pesquisa com as crianças. Com a pandemia, nossos desejos e nossos objetivos – ainda que tenham mantido sua essência, qual seja: pesquisar com as crianças em suas casas e refletir sobre esse processo – precisaram se alargar. A suspensão do convívio presencial modificou a continuação do trabalho de campo, além de inspirar a busca por novas formas possíveis de significar o vivido, reconhecendo o intenso emaranhamento de todas as formas de vida. Portanto, neste trabalho também existe a busca por outras formas para tentar entender as relações da pesquisa com o mundo mais que humano.