Manoel de Barros: Ethos e oralidade no chão do Pantanal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Barbosa, Ana Maria dos Anjos Martins lattes
Orientador(a): Santos, Paulo Sérgio Nolasco dos lattes
Banca de defesa: Silva, Maria Luiza Berwanger da lattes, Limberti, Rita de Cássia Aparecida Pacheco lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1553
Resumo: Esta dissertação tem por finalidade analisar a prosa poética do escritor sul-matogrossense Manoel de Barros, com base em um corpus representativo da obra completa do Autor, procurando principalmente compreendê-la em função da abordagem de região e localidade, onde o topos do Pantanal e a figurativização matricial da gênese de Livro de pré-coisas – livro paradigmático do corpus, sublinhe-se – reúnem-se e se tornam fundamentais como eixo de operacionalização desta proposta de estudo. A partir daí, articulamos uma análise na qual Livro de pré-coisas: Roteiro para uma excursão poética no Pantanal (1984) circunscreve-se como paisagem original do Autor, na medida em que traz inscrita na letra e em seu locus de enunciação uma cartografia literária identificadora do universo de discurso da obra manoelina. Assim, a perspectiva teóricocrítica deste trabalho provém dos estudos de área, sobretudo no aspecto que esses estudos contemplam e visam, como démarche de uma epistéme contemporânea, ao discurso crítico da cultura latino-americana. O trabalho volta-se, assim, para uma perspectiva de análise e verificação inovadora dentro de uma visada crítica tradicional, ainda refratária aos elos de intermediação entre as “histórias locais / projetos globais” de Walter Mignolo, e demonstra, no decorrer das análises, as relações do corpus selecionado – Livro de pré-coisas (1985, livro de significativa anterioridade na obra completa do Autor), Para encontrar o azul eu uso pássaros (1999), Memórias inventadas: a infância (2003), Memórias inventadas: a segunda infância (2006) e Memórias inventadas: a terceira infância (2008) – com o “chão” cultural e / ou ethos próprios, traduzidos numa oralidade cuja atualização se dá sobre o “chão” de uma região cultural particular.