Análise toxicológica, anti-inflamatória e anti-nociceptiva do extrato etanólico e frações obtidas das folhas de Piper glabratum Kunth

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Leitão, Maicon Matos lattes
Orientador(a): Kassuya, Cândida Aparecida Leite lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1080
Resumo: A inflamação e a dor estão presentes em várias doenças como diabetes, câncer, artrite reumatoide e dislipidemias. As plantas medicinais são importantes para a pesquisa científica e desenvolvimento de novas terapias farmacológicas. Entre elas a Piper glabratum, por seu uso popular no tratamento de feridas e edemas, já possuindo evidencias científicas de efeito antiinflamatório e analgésico. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi realizar a análise fitoquímica e avaliar a toxicidade, atividade anti-inflamatória e anti-nociceptiva do extrato etanólico das folhas de P. glabratum (EEPG), e das frações hexânica (HXPG) e hidroalcóolica (HAPG) obtidas a partir do extrato, em modelos experimentais em animais. A avaliação toxicológica foi realizada a partir de ensaios de toxicidade aguda e genotoxicidade, além da avaliação do potencial quimiopreventivo do extrato etanólico. Foi demonstrado a baixa toxicidade do extrato, sendo a DL50 superior a 2000 mg/Kg, e um possível efeito quimiopreventivo do extrato frente a agentes indutores de dano ao DNA. A análise fitoquímica de HXPG, realizada por cromatografia em coluna de sílica e cromatografia em camada delgada preparativa, evidenciou a presença e isolamento de Fitol (17mg) e uma mistura de estigamastrol e β-sitosterol (14mg). A HAPG em cromatografia em fase reversa (C18), demonstrou a presença de dois compostos da classe dos flavonóis glicosilados. O potencial biológico foi determinado pelos testes de pleurisia e edema de pata induzidos por carragenina, dor espontânea induzida por formalina e inflamação articular induzida por zymosan, sendo observada a resposta nociceptiva espontânea, mecânica e térmica ao frio, formação de edema, migração leucocitária e exsudação proteica. Pode-se observar que no modelo de pleurisia induzida por carragenina, todos os tratamentos, mas não a dose de 30mg/Kg de EEPG, reduziram a migração leucocitária e apenas a dose de 300mg/Kg de EEPG e HXPG (19,5mg/Kg) reverteram a exsudação proteica. O EEPG (30, 100 e 300mg/Kg), a HXPG e HAPG (83,37mg/Kg), diminuíram o edema, hiperalgesia mecânica e térmica ao frio no modelo de edema de pata induzida por carragenina, com ênfase a HXPG e dose de 300mg/Kg de EEPG. No modelo de dor espontânea, EEPG (300mg/Kg), HXPG e HAPG, preveniram a formação de edema e alodinia ao frio, entretanto, apenas HXPG diminuiu a dor espontânea. Os tratamentos de 300mg/Kg de EEPG e HXPG foram testados frente a infamação articular induzida por zymosan, onde ambos reduziram a formação de edema, hiperalgesia mecânica e migração leucocitária de forma bastante semelhante. Concluímos que o EEPG e frações possuem atividade anti-inflamatória e analgésica, e que esta ação farmacológica pode estar relacionada a supra regulação de NFkB, induzida pela presença de fitol, estigmasterol e β-sitosterol encontrados na fração hexânica.