O Drama dos ervais em Selva Trágica, de Hernâi Donato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Soares Junior, Avelino Ribeiro lattes
Orientador(a): Santos, Paulo Sérgio Nolasco dos lattes
Banca de defesa: Wimmer, Norma lattes, Limberti, Rita de Cássia Aparecida Pacheco lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1397
Resumo: Neste trabalho, a produção literária de Hernâni Donato é tomada como eixo de análise, sendo o principal corpus de reflexão constituído por Selva Trágica: a gesta ervateira no sulestematogrossense (1956), expressão da interculturalidade na poética do escritor sul-mato-grossense, resultando na materialidade de um texto em condição de hibridismo da língua na fronteira do estado brasileiro de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. O interesse volta-se para a apresentação e contextualização da narrativa de Selva Trágica e de seu autor, signos emblemáticos da literatura da fronteira Brasil-Paraguai e do reconhecido período histórico denominado Ciclo da Erva-Mate, que é tema fundamental desta obra. Assim, os objetivos do estudo são pautados pela recuperação da bibliografia sobre Hernâni Donato, uma vez que vários têm sido os estudiosos e escritores a reconhecerem a relevância da obra do escritor, seja para a história regional sul-mato-grossense, seja para os estudos de interculturalidade, de fronteira - para o sentido de sua contemporaneidade como relato e denúncia das narrativas e das histórias locais, redimensionando o lugar da historiografia literária no subcontinente -, e particularmente pela análise da narrativa literária, com vistas à verificação da proposta estética da obra, cujo relançamento hoje, em primorosa reedição, ao mesmo tempo em que reflete, também, evidencia formidável projeto artístico e igual fortuna crítica de Selva Trágica. Portanto, a perspectiva de análise baseia-se em leitura da paratextualidade, na medida em que esta vertente dos estudos semióticos é contemplada pelos de literatura comparada, como preconizam Gérard GENETTE (2009), Tania CARVALHAL (2005, 2006), Gilda BITTENCOURT (2008), Rita BITTENCOURT (2010) e a fundamental exegese de Jérri MARIN (2013).