Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Fonsêca, Wanaline
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Orientador(a): |
Luz, Verônica Gronau
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Banca de defesa: |
Dias-Scopel, Raquel Paiva
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Rezende, Ceny Longhi
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Alimentos, Nutrição e Saúde
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Departamento: |
Faculdade de Ciências da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4868
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Resumo: |
A pluralidade cultural dos povos indígenas, juntamente às condições de vulnerabilidades sociais em que estão inseridos, é um desafio para os profissionais de saúde, pois, iniciativas como a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e a Política Nacional de Humanização - HumanizaSUS não garantem efetivamente uma assistência digna e integral a esses povos. O Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) é um dos hospitais de referência do Mato Grosso do Sul, tanto na atenção à saúde da mulher, quanto na saúde dos povos indígenas. Uma das áreas mais impactadas pelo choque transcultural é a esfera que engloba a saúde da mulher indígena. Os profissionais que prestam assistência a essas mulheres são carentes de educação em saúde e, consequentemente, de aprimoramento de suas práticas rotineiras. Diante disso, o objetivo deste trabalho é compreender quais as percepções dos trabalhadores de saúde sobre a humanização do parto e nascimento e quais os principais desafios encontrados na assistência às mulheres indígenas. Foi aplicado um questionário online com todos os 324 profissionais da linha materno infantil do HU-UFGD, com perguntas sociodemográficas, sobre o atendimento às mulheres indígenas, dificuldades no atendimento, conhecimento sobre a Política HumanizaSUS e aspectos ligados ao parto e nascimento das indígenas. Entre os resultados encontrados na pesquisa, constatou-se diferença estatística significativa quanto à discussão de caso das usuárias indígenas entre os profissionais, tendo o médico uma visão diferente das demais categorias. Quanto ao conhecimento sobre a Política Nacional de Humanização, 60% dos profissionais alegam conhecê-la, pouco mais de 10% dos trabalhadores sabiam o número de etnias indígenas e quais existem na macrorregião de Dourados-MS. Sobre questões referentes ao parto, 31,3% dos profissionais relatam que ele ocorre diante da livre escolha da mulher e, quanto a participação do pai no método canguru, a maioria dos profissionais entrevistados considera importante. Embora a maioria dos trabalhadores tenha manifestado reações condizentes com a Política Nacional de Humanização e as políticas nacionais de atenção à saúde da mulher no campo da saúde indígena, ainda há muitos avanços a serem feitos, pois, é fundamental que haja por parte dos trabalhadores reflexão no intuito de garantir direitos individuais e direitos reprodutivos, zelando pelos valores, crenças e tradições das mulheres indígenas. É preciso considerar que a instituição em questão é um centro de referência a estes povos e que a realidade encontrada na jornada do processo saúde-doença nem sempre condiz com o preconizado nas políticas públicas de saúde, em especial, no parto e nascimento. Por isso, é indiscutível a necessidade de mudança na organização do trabalho e na postura profissional frente às singularidades das mulheres indígenas, sobretudo no fomento às ações de educação permanente. |