Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Larissa Velasquez de |
Orientador(a): |
Fernandes, Tania Maria Dias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53543
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Resumo: |
A trajetória histórica da Violência Obstétrica, no Brasil, se constitui como centro dessa investigação na qual se buscou compreender a construção do termo e das práticas associadas a ele. A análise se desenvolveu sob referenciais teóricos como a história das ciências e da saúde, a antropologia e a história oral, utilizando fontes como legislação, dossiês e entrevistas, e ampla bibliografia sobre o tema. Iniciada na década de 1980, no âmbito da tematização da violência contra a mulher, a contestação de práticas obstétricas foi ancorada nos Direitos Humanos, sexuais e reprodutivos, processo no qual destaca-se os movimentos de mulheres, em debates sobre temas como corpo, individualidade e autonomia, além da ciência feminista e da Medicina Baseada em Evidência. O impacto desses questionamentos no cenário brasileiro marcado por altas taxas de mortalidade materna, e de ações consideradas como “maus tratos”, em um processo de mudança ampliado através do Movimento de Humanização do Parto, ocorreu a partir da década de 1990. A incorporação do termo Violência Obstétrica, inspirada na legislação de países LatinoAmericanos, ocorreu no século XXI, diante do alto número de cesáreas e outras práticas desaconselhadas, inclusive pela OMS, o que gerou resistência de alguns profissionais, embates entre categorias, e entre essas e os movimentos sociais, em um campo de disputa constante, amplificado pelas mídias sociais. No enfrentamento à questão, além da garantia dos direitos já conquistados, somou-se a necessidade de problematização de questões estruturais que incidem sobre à assistência obstétrica, como o preconceito de gênero, o racismo e a desigualdade social |