Políticas de acesso e permanência material na Universidade Federal da Grande Dourados (2014-2017): sistemas de cotas e inclusão étnico-racial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vieira, Guilherme Augusto dos Santos lattes
Orientador(a): Aguiar, Marcio Mucedula lattes
Banca de defesa: Faisting, André Luiz lattes, Rocha, Carmem Sílvia Moretzsohn lattes, Silvério, Valter Roberto lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Sociologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1451
Resumo: Esse trabalho está inserido na linha Cidadania, Diversidade e Movimentos Sociais do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e vinculado ao Laboratório da Interdisciplinar de Estudos sobre Direitos, Diversidades e Diferenças na Fronteira (LADIF) da Faculdade de Ciências Humanas na Universidade Federal da Grande Dourados. E tem por objetivo compreender o acesso e permanência material de estudantes autodeclaradas(os) de cor/raça preta e parda ingressantes pelo Sistema de Cotas Sociais e Raciais da UFGD, considerando o quadriênio (2014-2017) da institucionalização das cotas nos Processos Seletivos de Vestibular e Sistema de Seleção Unificada para os cursos de graduação na modalidade presencial. O debate à roda das ações afirmativas com o objetivo da democratização de acesso na Educação Superior no Brasil manifestou-se a partir do final dos anos oitenta e início de noventa com a luta do Movimento Negro pela adoção de Ações Afirmativas pelo Estado frente as desigualdades de cor/raça. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se para a base de dados referente ao acesso nos cursos presenciais, os dados institucionais da Secretaria Acadêmica e do Centro de Seleção. E para a permanência, analisou-se os Relatórios de Pagamentos da Bolsa Permanência da UFGD e o Auxílio Alimentação, com o mesmo período amostral do acesso. O contato com campo nos instigou com as possibilidades e impossibilidades de mensurar os dados institucionais, aplicando a ampla base de dados a mineração de dados, isto é, selecionando as variáveis confiáveis para compreender o fenômeno do ingresso e da permanência material na educação superior. A hipótese do trabalho era de que na UFGD estão ingressando cotistas negras(os) nos cursos de graduação presencial, acompanhando o contexto nacional de transformação de cor/raça e renda das Instituições Federais de Educação Superior. Observamos que a inclusão de pretos e pardos na UFGD ainda precisa caminhar para uma maior proporção representativa da região. E tanto pelo PSV, como pelo SISU, os indicadores de acesso apresentaram similitudes. Devemos reconhecer que muito se avançou, em especial a medida que os cursos de graduação possibilitam uma maior inclusão étnico-racial. No entanto, ainda o acesso para as vagas de PPI não estão sendo ocupadas pelo grupo do perfil. Com o remanejamento das vagas, observamos estudantes brancos, amarelos e/ou que não se declaram ocupando esses espaços que demandaram da luta e articulação de movimentos sociais. E a política de Bolsa Permanência e do Auxílio Alimentação da UFGD não contempla, em proporção ao acesso, os estudantes cotistas negros.