Conexão entre fragmentos de vegetação com base em Sistemas de Informações Geográficas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pereira, Heloisa Helena Gionanotti lattes
Orientador(a): Daniel, Omar lattes
Banca de defesa: Comar, Mario Vito lattes, Pereira, Joelson Gonçalves lattes, Soares, Afrânio José Soriano lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/222
Resumo: Uma das formas de conexão entre fragmentos de vegetação, o corredor ecológico, constitui-se em uma das estratégias para a conversação da biodiversidade e, no transcorrer da tomada de decisão sobre sua localização, os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) podem contribuir como ferramenta efetiva de apoio a esse processo. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver metodologia que possibilitasse a definição de trajetos para corredores ecológicos, privilegiando a conexão de remanescentes de vegetação, utilizando SIG de baixo custo. Como estudo de caso foi tomada a bacia do Rio Dourados, localizada no Sul de Mato Grosso do Sul, com grande importância regional e elevado nível de desflorestamento. Utilizando-se os SIG Spring, Idrisi e GRASS, em diferentes momentos, gerou-se o Mapa de Uso da Terra da bacia, a partir de imagens Landsat 5-TM, de março-abril de 2008, assim como vários planos de informação (P.I.), individualizando tais usos. Esses P.I. foram sobrepostos e, utilizando-se um Arquivo Valores de Atrito associados aos usos, gerouse uma Superfície de Atrito. O P.I. contendo os pontos de saídas dos corredores simulados foi conjugado à Superfície de Atrito, resultando em uma Superfície de Custo para cada um, a qual, por sua vez, associada ao P.I. de Chegada, resultou na rota dos corredores. Foram realizadas as mensurações e criação do buffer de 120 m de cada lado da linha de trajetória, totalizando 240m. Além do corredor principal, que seguiu o eixo do Rio Dourados, foram simulados mais sete corredores secundários, sendo que todos acompanharam as linhas de drenagem, afastando-se delas quando do encontro com modalidades de uso com elevado grau de atrito, ou sendo atraídas por aquelas com menor, comprovando a eficiência da metodologia adotada. No traçado dos corredores secundários constatou-se uma significativa sobreposição com o trajeto do corredor principal, demonstrando com isso que junto às margens do Rio Dourados e em seu entorno imediato se concentra a maior parte das áreas com o menor custo para a implantação de um corredor ecológico. Devido ao nível do desflorestamento da bacia, os traçados dos oito corredores atingiram áreas com agropecuária em menos de 20%, exceto dois deles. Simulando a implantação das oito unidades e considerando a área total dos municípios que compõem a bacia, em nenhum deles é ultrapassado o limite de 0,40% de sua superfície ocupada com atividade agropecuária. A ampliação dos corredores pode ocorrer com a inclusão das áreas de preservação permanente (APP) em sua totalidade e não só na faixa de 240 m de largura, assim como das áreas ocupadas com vegetação de várzea e fragmentos de mata oriundos de reserva legal. Dessa forma, constatou-se que o procedimento metodológico desenvolvido é válido para a definição preliminar da trajetória de corredores ecológicos, privilegiando fragmentos maiores e mais circulares, além de áreas de preservação permanente e várzeas, assim como possui facilidade para a inclusão ou exclusão de variáveis no transcorrer do processo de análise. Dessa forma, a utilização de imagens de satélite disponibilizadas gratuitamente pelo INPE e o uso de SIG de baixo ou nenhum custo podem tornar tal procedimento um instrumento útil na definição de estratégias conservacionistas