Mediadores químicos de interações intraespecíficas e atividade biológica da peçonha da espécie Polybia sericea (Vespidae: Polistinae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Soares, Eva Ramona Pereira lattes
Orientador(a): Antonialli Júnior, William Fernando lattes
Banca de defesa: Alves Júnior, Valter Vieira lattes, Neves, Erika Fernandes lattes, Campos, Jaqueline Ferreira lattes, Verdan, Maria Helena lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/918
Resumo: A coesão das colônias de insetos sociais é mantida por mediadores químicos de interações entre seus membros, sobretudo, por aqueles presentes em sua cutícula, denominados de hidrocarbonetos cuticulares. Estes hidrocarbonetos oferecem primariamente uma barreira de proteção contra a desidratação, além de atuar como sinais trocados durante as interações entre companheiros de ninho. Além disso, as vespas sociais também produzem outros tipos de compostos químicos que atuam na manutenção de suas colônias agindo na captura de presas e defesa, dentre estes está a peçonha. A peçonha produzida e injetada pelo aparelho ferroador possui substâncias que podem ser biologicamente ativas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi investigar os mediadores químicos de interações intraespecíficas, além das atividades biológicas da peçonha da espécie de vespa social Polybia sericea. Os resultados de hidrocarbonetos cuticulares e do material de construção do ninho nos permitem confirmar as hipóteses testadas de que o perfil químico cuticular dos membros das colônias e do material do ninho podem ser usados como ferramentas complementares para avaliar diferenças populacionais, além da composição química cuticular variar de acordo com a idade relativa, status fisiológico e entre diferentes partes do corpo das fêmeas, podendo atuar como mediadores nas interações coloniais. Além disso, fortalecemos a ideia de que alcanos lineares podem atuar em conjunto com os alcanos ramificados e outros compostos tanto para promover a impermeabilização e proteção quanto servir como sinais durante as interações intracoloniais. Em relação à peçonha, os resultados demonstram que a peçonha apresenta toxicidade para Artemia salina em todas as concentrações testadas, em ausência e presença de inibidor de protease, entretanto, na presença do inibidor a toxicidade foi relativamente maior. No teste de Ames apenas a concentração de 150 μg placa-1 na ausência de inibidor de protease aumentou significativamente o número das colônias revertentes e apresentou mutagenicidade para a linhagem TA98. Em relação à viabilidade celular a peçonha de Polybia sericea não apresentou citotoxicidade para a linhagem MRC-5, mas foi citotóxica para a linhagem CHO e a linhagem tumoral B16F10-Nex2. Por fim, destacamos que em todos os tratamentos a ausência de inibidor de protease pode levar à degradação de substâncias que aumentam a citotoxicidade da peçonha.