Assinatura química cuticular como ferramenta para indicar status reprodutivo e relações entre vespas Polistinae (Hymenoptera, Vespidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Torres, Viviana de Oliveira lattes
Orientador(a): Antonialli Júnior, William Fernando lattes
Banca de defesa: Prezoto, Fábio lattes, Súarez, Yzel Rondon lattes, Lima, Sandro Márcio lattes, Pepinelli, Mateus lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/268
Resumo: A família Polistinae desperta o interesse de muitos pesquisadores, uma vez que é constituída por espécies de vespas sociais que podem auxiliar no entendimento da evolução do comportamento eussocial. Por conta disto, diversos estudos sobre a biologia básica, comportamento, sistemática e relações filogenéticas já foram realizados. Atualmente, merecem destaque os trabalhos realizados com sequências moleculares e com o perfil de hidrocarbonetos cuticulares para estabelecer relações intra e interespecíficas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o uso conjunto de sequências do gene citocromo C oxidase I e dos compostos químicos da cutícula e de ninhos para inferir relações entre espécies de vespas Polistinae. Também foi avaliado uso destes compostos da cutícula para indicar a posição hierárquica de fêmeas e, portanto, mediar às interações entre elas em suas colônias. Os resultados da árvore de distância genética neighbor-joining gerada a partir das sequências do gene COI agrupou Epiponini, Polistini e Mischocyttarini de forma congruente com as relações filogenéticas propostas atualmente, mesmo em relação aos subgêneros e espécies. Já o perfil químico da cutícula só apontou relação mais próxima da filogenia atual e também com a matriz genética quando foram avaliadas as espécies com maior número de colônias coletadas em diferentes ambientes. A composição química da cutícula do adulto e do substrato do ninho podem ser usados para análises de relações intra e interespecíficas e os elementos químicos que compõem o substrato do ninho também fazem parte da composição química cuticular do adulto, além disso, variação do perfil químico do substrato do ninho e do adulto varia de acordo com o tipo de ambiente em que as colônias nidificam. Tanto em colônias de Polistes versicolor quanto de Polistes ferreri 3 categorias de fêmeas podem ser identificadas por meio dos compostos químicos de sua cutícula, as quais estão relacionadas às diferentes condições fisiológicas de seus ovários, embora, como na maioria das espécies desta grupo, não haja diferenças morfológicas significativas entre elas. Portanto, os resultados deste trabalho demonstram que os compostos químicos da cutícula podem ser usados para inferir relações intra e interespecíficas entre espécies de vespas sociais, sobretudo quando em complemento com técnicas moleculares. A composição química dos ninhos está diretamente relacionada à dos adultos e pode variar, de acordo com o ambiente e, portanto, pode ser usada para avaliar diferenças entre populações. Por fim, como já relatado em outros trabalhos, mesmo não havendo diferenças morfológicas entre fêmeas de colônias de vespas do gênero Polistes, elas provavelmente reconhecem seu status reprodutivo e, portanto, sua posição hierárquica nas colônias, também por meio destes compostos cuticulares.