Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Moreno, Bruno Bomfim
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Orientador(a): |
Calixto, Maria José Martinelli Silva
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Banca de defesa: |
Roma, Claudia Marques
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Catelan, Márcio José
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Sposito, Maria Encarnação Beltrão
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Moura, Rosa
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5514
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Resumo: |
A situação geográfica de Anápolis (GO) – que tem na inserção, no arranjo urbano-regional de Brasília/Anápolis/Goiânia, um ponto de singularidade – permite que esse centro assuma papéis complementares aos de Goiânia e de Brasília, metrópoles com as quais mantém relações mais diretas. A densidade técnica presente em Anápolis e as funções que exerce na rede urbana fazem com que tal centro regional garanta relativa independência na divisão territorial do trabalho e desempenhe papéis de intermediação regional, a despeito de sua proximidade com duas metrópoles. Cabe acrescentar que, no segundo quartel do século XX, Anápolis foi o centro mais dinâmico do território goiano-tocantinense, atualmente, tem sua área de influência reduzida e, de certa forma, “sombreada” pela centralidade exercida pelas metrópoles de Brasília e Goiânia. Essa proximidade, de imediato, poderia “erodir” a centralidade exercida por Anápolis; no entanto, ao contrário disso, tem dinamizado as interações espaciais neste e com este centro regional, desde a implantação das cidades-capitais (a estadual e a federal) até os dias atuais – em que a internacionalização de sua economia se intensifica por intermédio do setor produtivo. Dada essa condição, o trabalho teve por objetivo analisar em que termos a situação geográfica de Anápolis possibilitaria, ou cercearia, a esse centro urbano desempenhar papéis regionais. Como procedimentos metodológicos efetuaram-se revisão bibliográfica, levantamento de dados em plataformas digitais e arquivos impressos, trabalho de campo (visitas e observação in loco e registro fotográfico), mapeamentos e entrevistas com agentes bem-informados. Em relação à análise acerca das atividades produtivas e dos setores de comércio e serviços, realizaram-se levantamentos a respeito da origem do capital instalado em Anápolis, no sentido de se verificar com quais lugares, próximos ou distantes, esse centro urbano tem mantido interações. Ainda em relação ao setor de serviços, especificamente aos de saúde e aos de ensino superior, utilizaram-se dados que têm como fonte, principalmente, o DATASUS e o e-MEC para demonstrar como a oferta desses serviços se coloca quantitativa e qualitativamente superior em Anápolis, no que tange à oferta verificada na região imediata onde o município está inserido. A noção de situação geográfica, sob a perspectiva tratada nesta pesquisa, mostrou-se como um caminho metodológico válido para se avaliar, à luz das relações em múltiplas escalas, a redefinição dos papéis dos centros urbanos em função da globalização. No caso dessa cidade média, sua localização relativa atende a vetores das chamadas verticalidades, especialmente aqueles que têm relação com a atividade industrial e logística. Essa característica amplia a subordinação de Anápolis ao comando de agentes econômicos que atuam em escalas mais abrangentes, o que reforça a lógica das interações espaciais interescalares (heterarquia) e a presença em Anápolis, cada vez maior, de empresas cujos interesses são alheios a esse centro regional. A localização relativa atende, ainda, a vetores das chamadas horizontalidades, que se combinam àqueles das verticalidades, dada a característica de inseparabilidade do par dialético. No que se refere às relações de contiguidade, Anápolis se diferencia quantitativa e qualitativamente: i) na região imediata, pela oferta mais significativa de produtos e serviços, e ii) no arranjo urbano-regional, pela oferta de produtos e serviços, significativamente inferior, do que a verificada nas metrópoles de Goiânia e Brasília, que têm, especialmente, no setor de comércio e serviços, maior representatividade econômica. |