Teste de Ames para avaliação do potencial mutagênico de plantas medicinais e novas moléculas com atividades biológicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dantas, Fabiana Gomes da Silva lattes
Orientador(a): Oliveira, Kelly Mari Pires de lattes
Banca de defesa: Negri, Melyssa Fernanda Norman lattes, Lollo, Pablo Christiano Barboza lattes, Arruda, Eduardo José de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/921
Resumo: Doenças Crônicas e InfectoParasitárias ///Resumo - O teste de Ames faz parte da bateria de ensaios pré-clínicos utilizados na avaliação do potencial mutagênico de novos fármacos e fitoterápicos. Esse ensaio detecta compostos capazes de provocar mutações gênicas do tipo substituição de pares de bases e deslocamento do quadro de leitura por meio de linhagens de Salmonella Typhimurium. Nesse sentido, o presente estudo objetivou avaliar as aplicações do teste de Ames no estudo do potencial mutagênico de plantas medicinais e novas moléculas com atividades biológicas. No primeiro artigo foi realizado um levantamento das plantas medicinais estudadas pelo teste de Ames a partir da pesquisa bibliográfica nas bases de dados eletrônicas, Medline (via Pubmed), Science Direct, Scopus e Web of Science, no período de 1975 a maio de 2018, utilizando os seguintes termos: “genotoxicity tests” OR “mutagenicity tests” OR “Ames test” AND “medicinal plants”. A pesquisa resultou na seleção de 293 artigos, os quais analisaram 695 plantas medicinais, sendo que dessas 14 % (98/695) apresentaram potencial mutagênico. Das 597 espécies que não apresentaram potencial mutagênico, 32 % (195/597) apresentaram atividade antimutagênica. Além de evidenciar um número expressivo de espécies com potencial mutagênico, a análise do banco de dados também demonstrou que muitos estudos não são realizados de acordo com as diretrizes recomendadas para a realização do teste, sendo assim, os resultados apontados não garantem a segurança quanto ao potencial mutagênico das espécies estudadas. No segundo artigo, dois novos complexos de cobre(II) foram sintetizados e testados quanto o seu potencial antifúngico, frente a 21 isolados de espécies de Candida e quanto o seu potencial mutagênico pelo teste de Ames utilizando as linhagens de Salmonella Typhimurium TA98 e TA100. O complexo 1, Cu(bipy)Cl2(tiouracila), apresentou atividade antifúngica frente a todos os isolados testados e não apresentou potencial mutagênico, por isso pode ser proposto na terapia antiCandida. Diante dos resultados encontrados em ambos estudos é possível concluir que o teste de Ames é uma ferramenta promissora na detecção do potencial mutagênico durante as etapas de ensaios pré-clínicos e rastreio de candidatos a novos medicamentos, bem como na investigação do potencial mutagênico de plantas medicinais utilizadas pela medicina popular.