Organização socioterritorial das famílias no assentamento Geraldo Garcia em Sidrolândia/MS: as possibilidades de reprodução social frente ao agronegócio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, César Martins da lattes
Orientador(a): Maciel, Jeanne Mariel Brito de Moura lattes
Banca de defesa: Pires, Jéssica Cardoso, Bernardelli, Mara Lúcia Falconi da Hora, Camacho, Rodrigo Simão
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Educação e Territorialidade
Departamento: Faculdade Intercultural Indígena
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5958
Resumo: Esta pesquisa objetivou analisar a organização social das famílias do assentamento Geraldo Garcia – Município de Sidrolândia-MS -, a partir de uma perspectiva no sentido de compreender a reprodução social, frente ao agronegócio presente na região, como uma forma de resistência. Para isso, o trabalho se amparou em um levantamento bibliográfico e documental sobre o lugar e, especificamente, sobre os processos que informam a luta pela terra no país, sua monopolização, a emergência da reforma agrária e suas contradições. Em outro momento, centralizamos nossa discussão em dois sistemas produtivos, sendo o agronegócio e a agricultura familiar, apontando para a importância da agricultura familiar na constituição de uma soberania alimentar, tendo como base o paradigma da questão agrária (PQA), contrapondo, assim, o paradigma do capitalismo agrário (PCA), de modo a compreender que a agricultura familiar é o caminho para o alcance da soberania alimentar. Nessa discussão, se enfatizou a própria constituição do estado de Mato Grosso do Sul, e sobre o processo desigual de ocupação e a presença dos movimentos socioterritoriais. Os dados coletados na pesquisa de campo apontaram para as diferentes nuances que constituem a reprodução campesina no território em questão. Nesse contexto, falamos que a despeito da forte presença do agronegócio na região, o trabalho assalariado emerge dentro do assentamento como forma de resistência, sendo um meio encontrado para se manter em sua terra de trabalho. Abordamos, também, que o arrendamento da terra dentro do assentamento é um artifício usado pelos assentados como forma de manutenção da existência e reprodução social das famílias. Ademais, é importante ressaltar que alguns ainda resistem produzindo alimentos, outros, mesclam com o arrendamento; sendo esses alimentos vendidos nas feiras que acontecem durante a semana na cidade. Como recurso metodológico, a pesquisa se caracteriza como qualitativa, cuja coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de questionários semiestruturados, compilação de relatos, sendo os mesmos extraído de entrevistas com integrantes projeto de assentamento.