Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Campos, Isadora Golim
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Orientador(a): |
Held, Thaisa Maira Rodrigues
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Banca de defesa: |
Monte, Déborah Silva do
,
Castilho, Suely Dulce de
,
Botelho, Tiago Resende
,
Dupas, Elaine
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Fronteiras e Direitos Humanos
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Departamento: |
Faculdade de Direito e Relações Internacionais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5143
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Resumo: |
Os direitos das minorias, mesmo quando parece algo certo e seguro, estão sempre em cheque no Brasil e no mundo, atualmente ao fazer a análise do cenário político brasileiro, nota-se que o que foi alcançado com muita luta dos povos tradicionais está se perdendo. A presente dissertação visa estudar as lutas travadas pelos povos quilombolas, primeiramente, contra o sistema escravagista, e, posteriormente contra esse processo de exploração do agronegócio e dos grandes empresários. Objetiva principalmente analisar do ponto de vista do feminismo decolonial, a luta das mulheres quilombolas pelo reconhecimento de seus territórios ancestrais. O feminismo decolonial está inserido como uma das correntes do feminismo subalterno, que se desenvolve para romper com os padrões eurocêntricos, heteronormativos, sexistas e racistas. O feminismo decolonial se manifesta no contexto da América Latina, dando visibilidade às suas representações subalternas, às mulheres latino-americanas, afrodescendentes, mestiças e indígenas, e neste cenário se enquadram também as mulheres quilombolas. Pode-se observar a incidência da teoria decolonial e interseccional nas lutas cotidianas das mulheres negras e quilombolas. As lideranças femininas nos quilombos, tanto no contexto público como privado, representam a noção emancipatória e de empoderamento vinculado ao contexto coletivo. Conclui-se que apesar das vulnerabilidades específicas enfrentadas pelas mulheres quilombolas, o levante contra a estrutura dominante traz uma nova perspectiva de superação. Assim, o feminismo decolonial, além das teorias, deve observar os fenômenos existentes. As mulheres quilombolas lutam por seus territórios, pelo direito de manter e repassar os saberes ancestrais e pelo reconhecimento das identidades de gênero no intuito de mitigar as violências sobrepostas. |