Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Eliana Maria
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Orientador(a): |
Oliveira, Magda Carmelita Sarat
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Banca de defesa: |
Célio Sobrinho, Reginaldo
,
Militão, Andréia Nunes
,
Silva, Thaise da
,
Brazil, Maria do Carmo
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2538
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Resumo: |
Esta pesquisa de Tese buscou compreender a dinâmica do trabalho pedagógico, desenvolvido junto às crianças, no cotidiano de uma instituição de educação infantil – considerando a margem de poder que as crianças têm na relação com a constituição profissional do adulto, o(a) professor(a), num espaço no qual ambos são sujeitos ativos no processo de aprendizagem. Optamos por uma pesquisa ancorada em um referencial teórico interdisciplinar com abordagem qualitativa proveniente dos campos da sociologia figuracional de Norbert Elias e das contribuições da sociologia da infância e dos estudos da infância. A pesquisa foi desenvolvida com um grupo de 11 crianças, sendo 7 meninas e 4 meninos na faixa etária de 2 anos e meio a três anos e meio, além de duas professoras, em um centro de educação infantil público conveniado no município de Dourados, MS, entre os meses de maio e julho de 2017. A partir da observação optamos pela metodologia de pesquisa investigativa com/sobre as crianças. A pesquisa evidenciou que os docentes, no exercício de sua profissão, alinham as possibilidades e a participação das crianças bem pequenas, em virtude dos seus interesses. O que incide nos modos de ser professora e atuar de forma “naturalizada” quando, por exemplo, ao realizar uma atividade destaca muito mais o produto final, ao invés do processo. Os dados mostraram que a troca de experiência concomitante ao estudo teórico traz reflexões sobre situações pedagógicas em que os(as) professores(as) ampliam seu conhecimento a partir de narrativas reais, principalmente quando as instituições promovem caminhos que conduzam obem-estar da criança por meio do fortalecimento de vínculos entre as famílias. Buscamosreafirmar a prática de escutar cotidianamente as crianças e compreendê-las como sujeitos de conhecimento, com base nos valores da democracia e da justiça social, uma vez que as crianças não são idênticas aos adultos, mas ambos dependentes uns dos outros. Foi possívelidentificar que as professoras em suas falas demonstram a importância do trabalho em coletividade, quando percebem a necessidade de entender como a criança aprende e constrói o conhecimento. Observamos que nem sempre o adulto percebe o modo como se dirige à criança, por mais que ele diga ou defenda o protagonismo infantil, ainda ressoa uma dinâmica calcada no direcionamento unilateral, com regras e modos de fazer, impossibilitando a imaginação, a experimentação das crianças. Defendemos a construção de uma experiência educativa, na qual o(a) professor(a), como um indivíduo mais experiente, tem o papel essencial de promover e articular um percurso que possibilite distintas experiências, se considerarmos que cada criança mantém contato singular/ímpar com as experiências que realiza. Por fim, para que o adulto na figura da docente se aproxime do universo das crianças, a sua prática pedagógica deve estar alicerçada nas linguagens infantis, nas suas manifestações expressivas e na curiosidade aos pormenores. Ao escutá-las, o docente estará legitimando aspectos relacionados ao respeito em seus processos e percursos cognitivos e existenciais.Sendo assim, os dados reforçam a tese de que a balança de poder expressa na relação adulto e criança delineia tanto a constituição da criança quanto a composição profissional docente. No entanto, ainda é necessário traçar um diálogo com os pequenos, no sentido de construir uma prática pedagógica em interlocução, na horizontalidade, que apresente progressivamente um grau de complexidade, significando e ressignificando a sua prática, de modo que possa interpreta-la a partir dos mais variados registros documentais, incorporando gradativamente as teorias e os desejos das crianças. |