Frutos do bioma cerrado: avaliação da atividade antioxidante in vitro e efeitos in vivo em modelo experimental Caenorhabditis elegans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Araújo, Laura Costa Alves de lattes
Orientador(a): Santos, Edson Lucas dos lattes
Banca de defesa: Oliveira, Caio Fernando Ramalho de lattes, Soares, Félix Alexandre Antunes lattes, Santos, Uilson Pereira dos lattes, Baldivia, Debora da Silva lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Biotecnologia e Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/3820
Resumo: No Bioma Cerrado são encontradas diversas espécies frutíferas que apresentam uma variedade de compostos bioativos considerados excelentes fontes de antioxidantes naturais com importantes propriedades benéficas à saúde humana. Este estudo teve como objetivos caracterizar e identificar constituintes químicos presentes nos frutos nativos Campomanesia adamantium O. Berg. (Cambess.), Hancornia speciosa Gomes e Caryocar brasiliense Cambess. Além disso, propomos investigar o potencial antioxidante in vitro dos frutos e seus efeitos biológicos em Caenorhabditis elegans. Os principais constituintes químicos identificados pertenceram às classes dos compostos fenólicos, incluindo os ácidos fenólicos e derivados, flavonoides, e ainda ácidos orgânicos e ácidos graxos. Além disso, quantificamos o ácido ascórbico e pigmentos lipofílicos, tais como, β- caroteno, licopeno e clorofilas. Na avaliação da atividade antioxidante, os frutos promoveram a captura direta dos radicais DPPH• e ABTS•†. Os frutos não apresentaram toxicidade in vivo. Além disso, a exposição de nematoides aos tratamentos com os frutos, promoveu proteção contra os estresses térmico e oxidativo. Adicionalmente, ocorreu efeito pró-longevidade em nematoides (N2) e atraso da paralisia induzida em cepas transgênicas (CL2006) para Doença de Alzheimer. Demonstramos que os efeitos benéficos dos frutos podem estar associados à atividade antioxidante, modulação da expressão de enzimas antioxidantes (SOD-3 e GST-4) e ativação do fator transcricional DAF-16. Em conclusão, nosso estudo revela que os frutos nativos do Cerrado apresentam compostos bioativos antioxidantes promotores de efeitos benéficos in vivo. Por fim, este trabalho contribui para o desenvolvimento e inovação de produtos naturais com propriedades funcionais e nutracêuticas advindos da biodiversidade brasileira.