Ensaios da formação histórica, política e econômica do estado de Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rivas, Rozimare Marina Rodrigues lattes
Orientador(a): Missio, Fabricio Jose lattes
Banca de defesa: Zamberlan, Carlos Otávio lattes, Queiroz, Paulo Roberto Cimó lattes, Abreu, Silvana de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Sistemas Produtivos
Departamento: Unidade Ponta Porã
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2996
Resumo: O objetivo desta dissertação é elencar e analisar os principais aspectos da formação histórica, política e econômica do estado de Mato Grosso do Sul (MS) desde o período colonial até os fins da década de 1990. Dado o período selecionado bem como a abrangência do tema abordado, elaborou-se o estudo a partir de ensaios. Caracteristicamente, o estado de Mato Grosso do Sul tem seu desenvolvimento historicamente ligado ao setor agropecuário. A hipótese de trabalho é que tal característica ocorreu em função de um desenvolvimento sempre dependente dos ciclos externos (ou seja, dependente da dinâmica externa a região sulmato- grossense), tanto de ordem nacional quanto internacional (imprimindo, assim, traços marcantes de uma inserção periférica). Nesse sentido, o marco teórico que fundamenta os argumentos apresentados neste trabalho é “o sentido da colonização” de Caio Prado Júnior. Adicionalmente, leva-se em consideração, também, o pensamento de Celso Furtado (Subdesenvolvimento) e as teorias do desenvolvimento regional, como as propostas por François Perroux (Teoria dos Polos) e Artur Lewis (modelo de crescimento com oferta ilimitada de mão de obra) que, de certa forma, reforçam a ideia do papel periférico da região objeto de estudo. Ainda considerando as especificidades da formação de Mato Grosso do Sul, adotou-se como estratégia de análise a construção de tipificações (seguindo como referência Florestan Fernandes) dos principais elementos considerados como essenciais para compreensão da formação de MS. Ressalta-se, ainda, que, em virtude de MS ter integrado Mato Grosso até o final da década de 1970, as análises elaboradas muitas vezes levam em consideração o território como um todo, pois a história de um estado está intrinsicamente ligado à do outro. Deste modo, as tipificações elencadas e estudadas foram: i) as Bandeiras; ii) o ciclo da Mineração; iii) a Guerra do Paraguai; iv) a exploração da Erva-Mate; v) a Pecuária; vi) a construção da Ferrovia; vii) a marcha para o Oeste; e viii) os Planos e Programas Governamentais adotados a partir da década de 1970 e suas implicações posteriores. Verificou-se, portanto, que, além dos ciclos externos, as particularidades próprias de Mato Grosso do Sul, bem como as políticas governamentais contribuíram para a formação da atual “vocação agrícola” do estado.