Qualidade da carne de suínos submetidos a diferentes métodos de insensibilização no abate

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Marcon, Ádila Vasconcelos lattes
Orientador(a): Caldara, Fabiana Ribeiro lattes
Banca de defesa: Vargas Junior, Fernando Miranda de lattes, Nieto, Viviane Maria Oliveira dos Santos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Zootecnia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1196
Resumo: Os principais métodos utilizados para induzir inconsciência de suínos antes do abate são a insensibilização com gás (dióxido de carbono) e a eletrocussão. Ambos os métodos podem causar impacto na qualidade da carne suína. Desta forma, é importante conhecer o quanto influenciam, de forma que as indústrias combinem as demandas específicas de bem estar animal com o gerenciamento para as menores perdas. Esse estudo foi realizado para avaliar os diferentes métodos de insensibilização na qualidade da carne de suínos. Um total de 172 suínos, de mesma origem e linhagem comercial com 180 dias de idade, e peso médio de ±125 kg, foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em dois tratamentos: insensibilização por dióxido de carbono e por eletrocussão. Após o abate foram colhidas amostras do músculo Longissimus lumborum (LL), e avaliou-se os parâmetros de qualidade da carne: pH 45 (45 min após o abate), pH 24 (24h após o abate), coloração (L*, a* e b*), pigmentos totais, perda de líquido por gotejamento, descongelamento e por cocção, força de cisalhamento, oxidação lipídica, índice de fragmentação miofibrilar, presença de carne PSE e DFD. Avaliou-se o percentual de condenações em carcaça e vísceras pela inspeção sanitária (859.375 suínos), assim como, as perdas financeiras em condenação das mesmas. Não houve efeito (P>0,05) do método de atordoamento sobre o pH 24, perda líquida por gotejamento e no descongelamento, oxidação lipídica, indíce de fragmentação miofibrilar, força de cisalhamento e incidência de carne PSE/DFD. O Longissimus lumborum de suínos atordoados por eletrocussão apresentou maior valor de L* (P<0,05), maior perda de líquido na cocção (P<0,001) e menor valor de pH 45 (P<0,05) em relação aos submetidos à insensibilização gasosa. Suínos atordoados com CO2 apresentaram menor condenação por fratura/contusão na carcaça (P<0,05) e congestão em fígado e rins (P <0,05), proporcionando menores perdas financeiras para a indústria. Conclui-se que a insensibilização por CO2, pode propiciar benefícios em relação à qualidade da carcaça e vísceras de suínos em comparação à eletrocussão ao reduzir as perdas causadas à indústria em função de condenações parciais.