Propagação in vitro de Cattleya Lindl. (Orchidaceae) nativas do cerrado brasileiro em função da luz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ribeiro, Luan Marlon lattes
Orientador(a): Sorgato, José Carlos lattes
Banca de defesa: Scalon, Silvana de Paula Quintão lattes, Santiago, Etenaldo Felipe lattes, Soares, Jackeline Schultz lattes, Damiani, Claudia Roberta lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4992
Resumo: O cultivo in vitro é uma ferramenta biotecnológica valiosa na obtenção de plantas tanto o cultivo comercial quanto para a pesquisa visando a preservação das espécies. Dentre elas destacam-se a Cattleya nobilior Rchb.f., e Cattleya walkeriana Gardner que pertencem a família Orchidaceae. Essas plantas são nativas do Brasil e estão classificadas como quase ameaçada de extinção e vulnerável, respectivamente. Dessa forma, protocolos para a técnica in vitro variam em função da espécie a ser produzida, tornando assim necessária a adequação do procedimento para cada uma delas. Objetivou-se com este trabalho determinar uma metodologia do teste de tetrazólio, germinação e o desenvolvimento inicial in vitro de propágulos de duas orquídeas do gênero Cattleya nativas do Cerrado brasileiro. Foram realizados três experimentos independentes no Laboratório de Cultivo in vitro da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Grande Dourados-UFGD. Para o primeiro experimento, objetivou-se identificar metodologia adequada para a identificação da viabilidade de sementes de Cattleya pelo teste de tetrazólio, por meio de três pré-condicionamentos: sem embebição (controle); sacarose (10%) ou água destilada e, após 24 horas, submetidas à solução de tetrazólio, com três tipos de condicionamento: estufa (40 °C), banho maria (40 °C) ou temperatura ambiente. Após esse período de 24 horas, foi calculada a porcentagem de sementes viáveis (%SV) e aos 45 dias após a semeadura, foi calculada a porcentagem de germinação (%G) a nível de caracterização. O segundo experimento, objetivou-se avaliar a germinação e desenvolvimento inicial in vitro de orquídeas do gênero Cattleya Lindl. nativas do Cerrado brasileiro em função do espectro de luz. Após semeadura, as culturas foram acondicionadas sob os seguintes espectros de luz - L1: LED 100% branco (6.500K); L2: LED 100% vermelho; L3: LED 100% azul; L4: LED 50% azul + 50% vermelho; L5: LED 50% branco + 25% azul + 25% vermelho; L6: LED 75% azul + 25% vermelho; L7: LED 75% vermelho + 25% azul e L8: lâmpada branca fluorescente (6.500K). Aos 45 e 90 dias após a semeadura foi avaliada a porcentagem de germinação (%G) e o estabelecimento inicial dos propágulos. Em relação ao terceiro experimento, objetivou-se avaliar a germinação e desenvolvimento inicial in vitro de orquídeas do gênero Cattleya Lindl. nativas do Cerrado brasileiro em função de fontes de luz natural e artificial. Os frascos após serem inoculados, foram acondicionados sob as seguintes fontes de luz - L1: LED amarelo 3.000K (128 µmol m-2 s -1 ); L2: LED branco 6.500K (108 µmol m-2 s -1 ); L3: lâmpada branca fluorescente 6.500K (23 µmol m-2 s -1 ) e L4: luz natural - 35 µmol m-2 s -1 . Decorridos 45 e 90 dias após a semeadura, avaliou-se a porcentagem de germinação (%G) e o estabelecimento inicial dos propágulos. Para o experimento I, as espécies C. nobilior e C. walkeriana, nativas do Cerrado, o condicionamento em temperatura ambiente apresentou maior efeito na visualização das sementes, sugerindo que o teste de tetrazólio deve ser realizado nesta temperatura de condicionamento. Para o experimento II, os espectros de luz como L5 e L2 podem ser indicadas como substitutas para a L8, utilizadas em salas de crescimento. Em relação ao experimento III, a fonte de luz artificial como o L1 pode ser indicada como substituta para a L3, utilizada em salas de crescimento em laboratórios de cultivo in vitro.